Um filme que impressiona… Por levar a pensar: como um filme pode exalar tanto erotismo sem uma única cena de sexo explícito? Os olhares, os vestidos, o ambiente onde parece que as paredes têm ouvidos… Uau! Os dois protagonistas, Chow e Su dão um show de sensualidade!
Chow e Su mudam-se para o mesmo prédio no mesmo dia. Ambos, casados. Ele, jornalista. Ela, secretária. Encontram-se, sempre casualmente, pelas escadarias do prédio ou de onde vão comprar comida… nos jogos de mahjongg com os senhorios… na volta do trabalho… Tanto o marido de Su, como a esposa de Chow, não aparece por completo.
Chow e Su descobrem que além de gostarem do mesmo tipo de história (leitura)… Por dois objetos que carregam sempre (a gravata, dele; e a bolsa, dela)… descobrem que estão sendo traídos. É, seus esposos são amantes. E aí?
Pagar na mesma moeda? Fazer o mesmo que eles?
Chow então lhe diz algo lindo… um ode ao amor! Fica difícil resistir a ele. Amei esse personagem!
E a trilha musical é inesquecível! Nat King Cole “é o mestre de cerimônia” para Chow e Su…
“sempre que eu pergunto que, como, quando e onde, você só me responde, quizás, quizás, quizás…“Amei! Nota: 10.
Por: Valéria Miguez.
Amor à Flor da Pele (In The Mood For Love). China. 2000. Direção e Roteiro: Wong Kar-Wai. Com: Tony Leung (Chow), Maggie Cheung (Su Chan). Gênero: Drama, Romance. Duração: 98 minutos. Classificação: 14 anos.