Baseado no romance de estréia de Irvin Yalom, o filme com mesmo título, conta a história de um encontro fictício entre o filósofo alemão Friedrich Nietzsche e o Médico Josef Breuer, professor de Sigmund Freud.
Esse encontro se dá graças à insistência perssuasiva de Lou Salomé (Katheryn Winnick) que foi a grande paixão e obsessão de Nietzsche (Armand Assante). Ela pede que o Dr. Breuer (Ben Cross) o trate com a controversa técnica da “terapia através da fala”.
Quando o Médico se vê diante do filósofo, percebe a inteligência e brilhantismo de seu suposto paciente, e impressionado resolve então propor um tratamento de duas vias. Ele trata Nietzsche enquanto este trata dele mesmo, pois o próprio médico também está sofrendo pela paixão por sua paciente chamada Anna O. (O Caso de Histeria). O Dr. Breuer tem ainda o auxílio do seu pupilo Dr. Freud (Jamie Elman).
O resultado é um filme maravilhoso, que mistura filosofia e psicologia, obsessões, medos, e sonhos. De quebra ainda temos a trilha sonora com muita música clássica, com Wagner, Tchaikovsky, Bizet.
A cena inesquecível é quando Nietzsche rege, já delirante, uma Orquestra que toca As Valquírias, de seu não mais amigo, Richard Wagner.
Não li o livro mas os comentários dizem ser um romance excelente. Taí uma boa pedida: o filme, o livro ou ambos. A única opção ruim seria não mergulhar nesse romance inteligente.
Por: Thaís Gischkow.
Quando Nietzsche Chorou (When Nietzsche Wept). 2006. EUA. Direção e Roteiro: Pinchas Perry. Elenco: Armand Assante, Katheryn Winnick, Ben Cross, Jamie Elman, Andreas Beckett (Zarathustra), Ayana Haviv (Singer – ‘Hymnus an den leben’), Rachel O’Meara (Frau Becker), Joanna Pacula (Mathilda), Michal Yannai (Bertha). Gênero: Drama, Romance. Duração: 105 minutos.
When Nietzsche Wept – Track Listing:
01. Life or Death / Reading
02. Save Nietzsche / I’ll Help Your Friend
03. Breuer’s First Dream / Nietzsche’s Dying
04. Mathilda
05. Lou’s Seduction / Physical Exam
06. Show Her In / Club
07. Crazy Bertha
08. Who Cares? / Only Man
09. Shabbath Dinner
10. Fine Woman / Our Plan Is Working
11. You Are Mine
12. Breuer’s Second Dream / Sad Madness
13. Lou Follows Bruer / Looking for Nietzsche
14. Confessions
15. Coffee House Quartet
16. Fire
17. Nietzsche’s Letters / Military March
18. Nietzsche’s Dream
19. When I’m With Her
20. Freedom / Goodbye / Leaving
21. Friends
22. Hymnus an das Leben
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Não sei se graças a minha formação filosófica, onde tanto Nietzche quanto Breuer são alguns de meus heróis, e ainda assim ter admirado profundamente o livro, apreciei o filme com muito desdém.
Não gostei nem da atuação dos personagens, nem da fraca adaptação do enredo e nem da dinâmica.
Seria porque esta é uma daquelas obras intrasponíveis para a tela? A resposta é não. Dá para fazer um filme que faça jus ao livro. Tanto é que há algum tempo, eu pude prestigiar a peça adaptada do livro no Teatro Imprensa, em São Paulo, e o resultado é E S P E T A C U L A R ! ! !
Detalhe: Na peça só tem dois personagens: Breuer e Nieztche. Em nenhum momento os atores saem de cena para descansar. E são 120 minutos diretos e incansáveis!
Portanto, eu não posso admirir este filme depois de ter me entretido tanto com o livro e com a peça.
Gostaria de ver o comentário positivo de alguém, que tenha lido o livro, a respeito do filme, pois talvez o meu julgamento esteja baseado em cima de um pré-conceito ao mexerem com uma história tão bela.
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Já li o livro e amei. Até escrevi no meu blog sobre ele: http://blogandoarte.blogspot.com/2008/06/acabei-de-ler-menina-que-roubava-livros.html .
Ainda não vi, mas pretendo assistir o filme.
Depois volto aqui para dar minha opinião.
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Tânia,
eu não costumo mexer nos comentários. O fiz no seu porque não estava aparecendo como link. Agora sim 😉
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Evandro,
não li, nem vi o filme. Agora, livro e filme são mídias diferentes. Tem sido raros quando conjugam bem, ambos.
Beijão nos dois,
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Tudo bem, Lella, sem problemas.
E você tá certa quando fala da diferença entre livro e filme. Poucas vezes gostei de filmes vindos de livros. Normalmente, gosto mais quando o filme se reconhece como uma adaptação da história do livro e o roteiro tem participação do autor do livro. Mas já aconteceu gostar dos dois apesar das diferenças… kkkk Aconteceu com O Nome da Rosa, Entrevista com Vampiro, PS Eu te amo.
Beijins pra você.
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Evandro, primeiro obrigada pelo comentário!
Acredito píamente que o livro e a peça sejam melhores sim. E posso dizer também que as suas impressões não estão erradas. Várias pessoas comentaram sobre o livro e disseram que o filme perdeu pontos interessantes.
Como uma apreciadora de Nietzsche não pude deixar de admirar o filme. Ainda pretendo ler esse livro, até pq não troco a viagem das letras pela das imagens. Mas não deixo de ver filmes, claro!
Abs!
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Tânia e Lella,
Bem, como a Lella mencionou, literatura, cinema, teatro, são formas de artes distintas, e que se expressam de modos distintos. E cada uma tem seu meio para desenvolver e atingir seus objetivos. Não gosto muito de compará-los por esse motivo, mas entendo que seja inevitável. Normalmente se tem detalhes, descrições, em literatura que quando são passados pro cinema, por exemplo, basta apenas uma imagem.
Enfim, ter a participação do autor do livro no roteiro de um filme, pode ajudar, mas não se realiza da mesma forma.
Vide como exemplo O Código da Vinci. O livro é narrado compondo imagens claras na nossa mente, mas quando transferido pro Cinema, não atendeu as expectativas à pleno.
Abraços e obrigada!
PS.: Evandro, eu gostei do Armand Assante de Nietzsche, e o bigodão ficou ótimo 🙂
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Download do Documentário – BBC – Human All Too Human – Nietzsche – http://fwd4.me/08ky
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