Hotel Transilvânia (2012). Seria mesmo uma fera o pai dessa donzela?

Indo pela contramão que diz que “toda donzela tem um pai que é uma fera“, mas reafirmando que chega uma hora em que ela quer mesmo ter uma vida própria, vemos que de fato esse paizão não é o que aparenta ser. Ele é um pai super zeloso na organização de mais um aniversário da filha amada. Sendo que esse seria o baile onde ela iria debutar. É! Ela cresceu e não queria mais ter suas asas podadas. Chegara a hora desse paizão ter que cortar o cordão umbilical. E essa é a tônica principal em “Hotel Transilvânia“.

O Hotel fora construído para que ao longo desses anos ela não se sentisse tão sozinha, como uma prisioneira num castelo. Assim, aumentou o castelo. Fazendo mais! Dificultando e muito a chegada até lá. E o fez por temer os humanos. Já que esse paizão é o Conde Drácula. Viúvo, criou sozinho a filha. Ela é Mavis, e já agora uma adolescente. Proibida até então de sair de casa, coloca o pai em papos de aranha para detê-la. É que antes era fácil envolvê-la em contos da carochinha às avessas. Mas crescida, as histórias de humanos maus não davam mais resultados. Era mais um vê para crer!

Paralelo a essa tortura existencial paternalista, Drácula vai recebendo os hóspedes do hotel, e que por conta do aniversário de Mavis chegam em profusão, e quase ao mesmo tempo. Além de quererem bem ao proprietário e a sua filha, creditavam a ele a principal propaganda do hotel: “Um lugar onde nenhum humano chegaria!

Acontece que um penetra bom de bico conseguiu chegar aquela não tão fortaleza anti-humanos assim. Porque o jovem em questão é um humano, e que para piorar o drama do Drácula, ele cai nas boas graças de todos, inclusive de Mavis, e ele dela. Ele é Jonathan, um andarilho. Alguém com um pé no mundo, ou seja: o sonho maior da jovem. Aumentando ainda mais o desespero do paizão.

Se para sustentar uma mentira já é complicado. Imagina, várias, e vindas em série? Como se não bastasse, o ratinho do Chef tinha um ótimo faro. Se numa homenagem ou não a um outro ratinho com dotes culinários, esse é um ingrediente a mais nessa grande confusão. Ops! Nessa festança que conta com convidados de peso como: Frankenstein, Múmia, Quasimodo, Homem Invisível e o Lobisomem. Que adicionam um ótimo tempero de humor a trama!

Hotel Transilvânia” é mais uma Animação que visa o 3D. Eu não vi, e não senti falta. O que me incomodou mesmo é não ter a opção com legendas. Não que eu não goste das vozes na Dublagem Brasileira. Eu gosto! Mas como também tem uma parte Musical, traduzir as canções perde um pouco a graça. Muito embora sendo nesse num estilo Rap foram salvas. Tirando esse detalhe, peguem a pipoca que o filme é muito bom! Cenários muito rico em detalhes. Com cenas hilárias! Enfim, é de querer rever!

Por: Valéria Miguez (LELLA).

Hotel Transilvânia (Hotel Transylvania. 2012). EUA. Direção: Genndy Tartakovsky. Gênero: Animação, Comédia. Duração: 91 minutos.

Elenco de Dublagem:
Adam Sandler (Drácula): Alexandre Moreno
Andy Samberg (Jonathan): Mckeidy Lisita
Selena Gomez (Mavis): Fernanda Baronne
Kevin James (Frankenstein): Mauro Ramos
Fran Drescher (Eunice): Mônica Rossi
Steve Buscemi (Wayne): Jorge Lucas
Molly Shannon (Wanda): Miriam Ficher
David Spade (Griffin): Marcelo Garcia
CeeLo Green (Murray): Reginaldo Primo
Jon Lovitz (Quasimodo): Márcio Simões
Sadie Sandler (Winnie): Pamella Rodrigues
Jackie Sandler (Martha): Flávia Saddy