Os Agentes do Destino (The Adjustment Bureau). 2011

Se a sua pipoca termina logo no início da sessão, compre duas. Ou três. Isso se for muito fã do Matt Damon, como eu sou do Bruce Willis: assistimos qualquer filme que eles estão no elenco. Mas esse, o que me levou a assistir nem foi o elenco e sim uma frase da sinopse: “Quem controla o seu destino?

Pontos negativos!

O filme por um todo. Porque o alongaram demais esse filme. Ok! Avancei na fita. Rebobinando a minha ora a perplexidade, ora “E a minha pipoca acabou!“. No início do filme cheguei a pensar: “Ah tá! Se é uma Sci-Fi porque não! Ele vai voltar no tempo, ver onde errou, e então ganhar a Eleição para Senador pelo Estado de Nova Iorque.” Mas quando os tais agentes entram em cena, vi que não era nada disso. Não era uma volta ao passado, mas sim… Ops! Deixarei esse spoiler para depois. Até porque é um ponto a favor desse filme.

O Romance!

Após perder o Senado, David Norris (Matt Damon) perde três anos da vida dele pensando num amor que nem chegou a ter. Um encontro de pouquíssimos minutos com Elise (Emily Blunt) o deixara apaixonado. Ok! Eu acredito em amor à primeira vista, mas daí perder a vontade política, fica mais difícil de acreditar. O cara não fez nada nem para o colegiado onde liderou os votos: o Brooklyn. Faltou colocarem ele numa de: “Mal-me-quer, bem-me-quer…

Três anos depois, eles voltam a se encontrar…

Graças, a um-Coelho-de-Alice-às-avessas!

Ele é Harry (Anthony Mackie), um afro-americano. Gente! Não estou sendo preconceituosa. Mas eu disse: está no “às avessas“. Ele até tenta correr, mas porque cochilara. Foram segundos que alteraram o destino já traçado. Meio que “Efeito Borboleta“.

A Virada do Destino!

Então, dai achei que com o Romance a história iria ganhar um pouco de emoção. Meio que: “a Cinderela precisa sair do baile(t) à meia-noite“. David vai até o Brooklyn pedir votos para uma nova tentativa ao Senado. De lá, tenta burlar a vigilância dos tais agentes para estar com Elise. E a história cai num tédio. De querer avançar o filme.

Já comentei em outros textos que não precisam alongar um filme para se contar uma boa história. Não li o Conto onde o filme foi baseado. Meio ufanista, a la tio sam. Se enxugassem uns 15 minutos, de um mediano-sessão-da-tarde, passaria a um bom-sessão-da-tarde.

O Mito do Herói!

David -> órfão -> toma para si um ideal paterno -> tendo dois desafios: proteger a amada e tentar reverter uma cadeia de lobotomia parcial a sua volta. E quem estaria com esse controle maior nessa Matrix? O tiro de misericórdia que o atinge em cheio veio por um agente do alto escalão, Thompson (Terence Stamp). Fazendo David recuar.

A ajuda nessa sua missão!

Um Herói recebe ajuda pelo caminho. Por vezes, um anjo da guarda cochila, mas mais a frente, ele tenta pelo menos mostrar uma saída. É quando David descobre o ponto fraco de seus oponentes: o chapéu. Como também que a água será o seu escudo.

O que se tem a destacar!

O que salva o filme de um fracasso total foi a química com a dupla Damon e Blunt. Num Gênero Romance isso é bem relevante. Outro ponto que embora não faça parte da história, seria quase um convite a visitar uma Nova Iorque comum, sem estar tão endeusada. E também a reflexão que fica, mas que também é um spoiler: “Tenho as chaves do meu destino!” Que somos nós que devemos escrever o livro da nossa vida.

Faltou a Georgi Nolfi uma assessoria de alguém da área Psico, por conta dos elementos simbólicos. O filme pendeu mais para “MIB”, o que o deixou mais em tom de burlesco.

Então, é isso: melhor esperar passar na tv.

Por: Valéria Miguez (LELLA).

Os Agentes do Destino (The Adjustment Bureau). 2011. EUA. Direção e Roteiro: George Nolfi. +Elenco. Gênero: Romance, Sci-Fi, Thriller. Duração: 106 minutos. Baseado num conto de Philip K. Dick: The Adjustment Team.