Teatro: O Homem Elefante (2014)

peca_o-homem-elefante_2014A história de John Merrick, um jovem com terrível deformação que viveu no século XIX, foi mundialmente conhecida quando foi levada às telas do cinema pelo magnífico trabalho de David Lynch. O menino foi apresentado em freak shows, após ter sido abandonado pela mãe que supostamente foi atacada por um elefante quando estava grávida. Esta versão teatral de “O Homem Elefante” tem texto de Bernard Pomerance impregnado do tom solene típico dos tablados e boa direção de Cibele Forjaz e Wagner Antonio. A encenação no teatro Oi Futuro do Flamengo é curiosa e fluente, mas peca pela ousadia. Há muita movimentação de palco, o que obriga a maioria dos telespectadores mal acomodados em almofadas no chão a se contorcerem para tentar acompanhar os personagens. Neste caso, a peça deveria sofrer alguns cortes, pois o resultado final após duas horas pode ser tão doloroso quanto o sofrimento de Merrick.

Tecnicamente, o trabalho tem muitos méritos como a iluminação precisa e criativa, bem como um cenário bem planejado cheio de elementos cênicos caprichados e um belo figurino. Apesar do já citado desconforto, o roteiro prende a atenção especialmente por conta do bom time de atores. Regina França se desdobra em vários papéis até encarnar a Sra. Kendal, uma atriz que consegue nortear o miserável destino do homem elefante com sua ternura e amizade. Davi de Carvalho está correto como o jovem médico Dr. Traves e Daniel Carvalho Faria exagera, mas brilha em alguns momentos desempenhando o showman Ross, que acumula a função de vilão e mestre de cerimônias.

Vandré Silveira ganhou o difícil encargo de protagonizar o espetáculo e o fez com dignidade e talento. Sua apresentação é vigorosa, alternando notável expressão corporal e vocal com coreografias difíceis e corajosas que exigem força física, nudez total, desprendimento e exatidão de movimentos. Mas sinceramente, acho que os atores deveriam moderar nas tatuagens, ainda que na maior parte do tempo, dá quase para esquecer que é um jovem malhado e tatuado na pele de um ser que tanto sofreu pelas deformidades. É a magia do teatro.

Carlos Henry

PROMETHEUS – 2012

O que você faria se pudesse descobrir a origem da humanidade e estivesse frente a frente com o seu criador? Essa é a pergunta inicial proposta por Prometheus, talvez um dos maiores filmes de ficção científica dos últimos anos. Após confrontar o homem com o terror do desconhecido em “Alien: O Oitavo Passageiro” (utilizando metáforas sobre estupro, bem como a polêmica questão do aborto) e refletir de maneira surpreendente sobre as responsabilidades do criador em “Blade Runner: Caçador de Andróides”, o diretor Ridley Scott decidiu mesclar os melhores de sua carreira, entregando um longa onde os personagens enfrentam suas crenças para aceitarem a verdade sobre a criação e, acima de tudo, sua consequência: destruição.

Sinopse:Em 2089, um grupo de exploradores descobre um mapa através de desenhos arqueológicos datados há milênios por civilizações de épocas distintas e partes mais diferentes do globo. A partir daí fazem uma viagem espacial a fim de identificar os possíveis Engenheiros/deuses criadores da humanidade, porém ao buscarem a revelação dos segredos acabam alterando o curso natural da história, podendo desencadear o fim da raça humana ao confrontar seu Criador.

Cenários de tirar o fôlego

Os temas aqui desenvolvidos ultrapassam séculos e já haviam sido destacados no livro “Seriam Os Deuses Astronautas?”, entretanto talvez jamais houvera no cinema um filme (sem ser documentário) dedicado inteiramente à essa teoria. Em entrevista, Ridley Scott comentara “Prometheus” como um “2001: Uma Odisséia no Espaço” com asteróides. Concordo com ele, porém o maior erro do lançamento de Scott talvez seja a ausência de um clima singelo. “O Oitavo Passageiro” e “Odisséia no Espaço” possuem o mistério como fonte inteligente de suspense, todavia seu novo trabalho peca ao tornar-se quase exclusivamente ficção científica, desagradando os fãs da série do xenomorfo. Mas isso pode ser explicado justamente pelo fato de “Prometheus” preocupar-se em revelar os mistérios da humanidade, um assunto necessariamente amplo a fim de obter resultado coerente (pelo menos no universo criado por ele) e aceitação do público.

Quem já conhece a série Alien sabe da escolha obrigatória do personagem central ser mulher. Isso se deve às inúmeras metáforas contidas nas tramas, afinal todas as histórias passadas nesse universo fictício preservam as mensagens de independência feminina, principalmente no que diz respeito ao aborto (analisado como libertação da repressão imposta pela sociedade, representada pela Empresa patrocinadora das viagens espaciais cuja preferência sempre é pelo feto alienígena, tornando o corpo estuprado da mãe inteiramente descartável). A sofredora da vez é a sueca Noomi Rapace. A atriz já havia mostrado todo seu talento na versão original de “Os Homens Que Não Amavam as Mulheres” e agora vive sua primeira protagonista hollywoodiana em “Prometheus”, tal qual Sigourney Weaver em Alien. Honestamente, talvez não houvesse escolha melhor. Rapace provavelmente é uma melhores atrizes da atualidade, sua atuação sempre é surpreendentemente natural e a aparência comum auxilia ao distanciá-la dos estereótipos estéticos do cinema, aproximando-a mais da personagem por ainda ser desconhecida de grande parte do público. Sua personagem vive um dos momentos mais perturbadores do filme, o qual provavelmente será inesquecível às mulheres da platéia.

Noomi Rapace sofre em Prometheus

Para quem aguarda um épico, não sairá decepcionado quanto aos cenários, é bastante notável o empenho da direção de arte (as filmagens ocorreram em várias partes do mundo), portanto os cenários e paisagens são de tirar o fôlego. A única ressalva que faço é quanto à aparência dos engenheiros. Quem viu Watchmen, só precisa imaginar um Dr. Manhattan cinza, sem brilho, cujos olhos são completamente negros. Mas é aí que surge uma ironia MUITO interessante. (Se você não leu a obra-prima Watchmen e tiver interesse, por favor pare de ler esse parágrafo) Ao final da revista em quadrinhos, o Dr. Manhattan (um físico atingido por radiação que o faz adquirir poderes de um Deus) vai embora da Terra após afirmar que talvez irá tentar criar uma nova forma de vida em outro planeta. Nós sabemos que ele pode se multiplicar e possivelmente originar vida humana pela matéria, os engenheiros de Prometheus são todos iguais e fazem a humanidade, logo qualquer semelhança será mera coincidência?

Respectivamente, Dr. Manhattan (Watchmen) e Engenheiro (Prometheus). Seria o Dr. Manhattan um engenheiro?

Uma das características mais aterrorizantes de Alien são as criaturas. Apesar de se passar no mesmo universo que o filme de 1979, nós estamos falando de um parente próximo, portanto Prometheus mostrará espécies distintas, todavia com as mesmas referências. Nesse caso, a aparência dos monstros sempre é inspirada nos órgãos reprodutores humanos, por isso “O Oitavo Passageiro” contém simbologia para o estupro e aborto (lembrando aquela garra que infiltra sua semente no corpo da pessoa, a qual servirá de receptáculo involuntário para o monstro), logo esse lançamento segue a tradição com os mesmos significados, porém inovando na estética grotesca.

Com inúmeras referências, Prometheus desbanca vários exemplares desse ano com sua versatilidade. O andróide interpretado por Michael Fassbender (outra estrela em ascenção) é um dos personagens mais interessantes (ele é cinéfilo, além de tudo), promovendo diálogos inteligentes. Em um momento, é comparado a Pinócchio (o boneco que queria ser de verdade). Talvez não despreze inteiramente a raça humana, mas sua decepção de reconhecer o propósito de sua criação faz referência direta ao momento pelo qual os humanos da história estão passando, encontrando seu criador.

O fato do encontro dos astronautas com os Engenheiros poder desencadear o fim da humanidade é plausível no cinema. Se refletirmos sobre outras ficções como “Planeta dos Macacos” e “2001: Uma Odisséia no Espaço”, onde o ser humano encontra a própria destruição nos seus avanços tecnológicos e na ousadia da curiosidade. Os personagens de Prometheus desafiam suas próprias limitações humanas ao enfrentar os engenheiros, rendendo referências incríveis à famosa cena “filho pródigo versus criador” de Blade Runner. Após anos, finalmente podemos dizer que Ridley Scott voltou para casa e, na época atual, é sempre bom tornar a ter surpresas no cinema. Desejo uma ótima seção legendada (pois a dublagem brasileira desse ficou medonha) para todos.

Histórias Cruzadas (The Help. 2011). E a ajuda veio!

Abrindo um parêntese antes de analisar o filme. É que esse eu assisti no Festival do Rio 2011 – exibido como Vidas Cruzadas, mas que ao entrar no circuito comercial já virá como “Histórias Cruzadas“. Entre tantos a escolher… lembrei que uma amiga de blog, a Joyce, Blog Arte Amiga já o tinha citado. Então vi e amei! Valeu pela dica! Gostei tanto do filme que não entendi que só entraria no circuito comercial já quase Fevereiro de 2012. Pois uma data bem apropriada seria em 20 de Novembro, Dia da Consciência Negra. Mas vá lá saber em como escolhem a data de exibição de um Filme no Brasil. Ainda mais esse que teve uma boa aceitação, de público e críticos, nos Estados Unidos; e da minha parte também. O filme é excelente! Até por conta disso eu resolvi deixar para publicar o meu texto já com ele em exibição. Incentivando assim a outros mais que não deixem de assitir. Agora sim, entrando no filme.

Histórias Cruzadas” traz como pano de fundo: de um lado as donas de casas e do outro as empregadas domésticas. Mas não se trata de uma luta de classe, e sim por mais dignidade e respeito entre elas. De imediato, há entre elas toda uma barreira de racismo. Herança de uma cultura escravagista. Num período de apenas algumas décadas passadas. Ambientadas em terras sulistas, mais precisamente no Mississipi. Como grande diferencial o filme traz um retrato 3×4 desses universos femininos. Mulheres iguais na essência, mas diferentes por forças das circunstâncias. O que estaria por trás, ou melhor, o que estaria de dentro dessas casas. Algo Histórico, mas focando mesmo na vida dessas mulheres. Num período bem marcante para todas. Onde se o saldo foi ruim para a elite local, veio quase como uma redenção para a classe espezinhada.

As tais donas de casas parecem terem saídos daquela escola em “O Sorriso de Monalisa”. Graduadas com mérito em: racismo, preconceito, futilidade, falta de amor visceral pelos próprios filhos. Delegando também às domésticas a criação dos filhos. Se tem como o grande vilão a segregação racial, tem como a personificação disso aquela que se auto proclamou a líder do grupo: a Hilly (Bryce Dallas Howard). Sua vilania é do tamanho e medida para aquilo que recebeu.

Se em “Domésticas – O Filme” temos uma prévia do grau do tratamento que muitas serviçais recebem das suas patroas, imaginem o que passavam na década de 60, Sul dos Estados Unidos. Época em que os Direitos Civis aos cidadãos negros tentavam entrar nesse território ainda com um tipo de milícia muito, mas muito cruel: a Kur Kurx Klan. Se por trás dessas máscaras estavam os maridos dessas patroas, o mais indicado seria que essas serviçais se calassem. Afinal, quem iriam socorrê-las?

_Coragem algumas vezes pula uma geração. Obrigada por trazer de volta à nossa família.”

A ajuda veio. Entre aquelas jovens brancas, uma resolveu ser a porta-voz das serviçais negras. Essa, nem o “casar e ter filhos” estava em seus planos. Seu sonho era ser jornalista com vôos em se tornar uma grande escritora. Da dona de uma Editora de Livros (Personagem de Mary Steenburgen) recebe uma importante dica. Que ganhasse experiência, não apenas no escrever, mas também em observar o entorno. Com isso teria o que dizer e como dizer. Essa jovem é Skeeter, personagem de Emma Stone. Se em “Amor a Toda Prova” ela não fez a diferença, em “Histórias Cruzadas” ela mostrou que está no caminho certo. Eu gostei da atuação dela.

Skeeter ao voltar para casa após se formar em jornalismo tenta se enquadrar na vida social local com as antigas colegas do colegial. Mas de imediato já destoa das demais por procurar um emprego em vez de um futuro marido. Conseguindo uma vaga no jornal local. Mas de algo que não tinha a menor aptidão. A vaga é para uma Coluna sobre Dúvidas e Sugestões em Trabalhos Domésticos. Parecia até piada, mas foi isso que a levou a se aproximar mais das serviçais. De uma em especial: Aibileen. E é por ela que conheceremos toda essa história. Eu comecei esse artigo com a Skeeter para então chegar na ligação entre as duas.

Aibileen é interpretada pela Viola Davis. Que está excelente! Por ela que temos também o porque do título original: “The Help“. Uma cena linda que foi menosprezada ao escolherem o título aqui no Brasil. Pois “Histórias Cruzadas” não faz jus as súplicas de Aibileen em suas conversas diárias com Deus. Escrevia tudo o que passava, o que percebia, o que ficava sabendo… Palavras muito mais fervorosas que qualquer oração. Skeeter na realidade foi quase uma ghost writer de Aibileen. Fora um salvo conduto num mundo onde ainda os brancos imperavam. Mas ela também teve uma história para contar no tal livro.

A cena de Aibileen escrevendo essas cartas para Deus, emociona. Até por algo sofrido, e muito especial. E pelo todo, me fizeram lembrar também da música do Gilberto Gil, “Se Eu Quiser Falar com Deus“. Aibileen mais que a Skeeter trazia em si o dom de escrever. O talento pode até vir de um aperfeiçoamento, de estudos, mas o dom é algo inato. Como também, só o fato de transcrever para o papel os sentimentos sofridos, já é um modo de exorcizá-los.

E é seguindo esse elo entre Fé e Realidade que ficamos conhecendo as histórias também das outras serviçais. Claro que todas essas histórias se cruzavam. Afinal todas elas, patroas e empregadas, moravam na mesma cidade, mesmo que em condados separados pela segregação racial.

O filme é longo, mas em nenhum momento perde o ritmo. Pois a atenção se mantém até por querer conhecer todas as demais histórias. As demais vidas. Saber da reação de todas quando o livro é publicado. Vibrar pela irreverência de Minny, personagem da Octavia Spencer. Minny é uma empregada que não deixará barato as injustiças que sofrera até então. Como também em soltar um palavrão na cena onde uma das amigas da mãe (Allison Janney) de Skeeter a obriga fazer, e até pelo motivo que a outra viu como afronta. Em se solidarizar com uma outra branca excluída pelas demais, a Celia, personagem de Jessica Chastain. A dupla Minny e Celia é uma comédia! Não tem como não se encantar com elas. Ri junto com a personagem da Sissy Spacek numa certa cena. E muito mais!

Uma das reflexões que o filme deixa é de que ainda há muitas dessas histórias nos dias atuais. Sob a égide de: cada um no seu lugar. Uma certa hierarquia dentro do campo profissional por certo há de se aceitar. Mas sem humilhações, nem constrangimentos com os subalternos. Na intimidade de uma casa, assim como numa empresa, precisa que haja um bom relacionamento entre todos para que tudo funcione bem. Do contrário, é uma ladeira abaixo até a falência familiar. Então a égide seria em valorizar quem realiza de fato as funções essenciais. É preciso respeito mútuo entre todos. E tirando o lado empregatício há de se pesar também o carinho que se recebe desses que em muitas das vezes terminam como sendo um membro “da família”.

Histórias Cruzadas” também deixa outras questões. Uma delas seriam com os homens. Em porque de terem sido ora passivos demais, noutras até violentos demais em meio a toda essa trama. Se eles são o que são por também serem produtos desse meio? Mas como citei, são reflexões após o filme. As máscaras deles não foram retiradas. O filme é delas!

Até pelas performances dos atores, destacando também a Direção e o Roteiro de Tate Taylor. Não li o livro de Kathryn Stockett, o qual o filme foi baseado, mesmo assim a história foi muito bem contada.

Então é isso! Entre emoções, risos e lágrimas, o filme entrou para a minha memória afetiva. De querer rever.

Nota 10!

Por: Valéria Miguez (LELLA).

Histórias Cruzadas (THe Help, 2011)

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Baseado no romance de Kathryn Stockett, “The Help”, o filme de Tata Taylor, narra a história de uma determinada jovem branca, que se sente injuriada com o tratamento que as empregadas domesticas afro-americanas são vitimadas por suas patroas, em Jackson, Mississipi, na década de 1960.

Não li o romance de Stockett, mas o roteirista e diretor Tate Taylor não sacrifica muito, pois nada é explicíto no seu modo de narrar. A violencia vivida pelos negros no conturbado anos 60 nos Estados Unidos, não tem a mesma visão realista usada por Alan Parker, em “Mississipi em Chamas” (1988). Em “The Help”, o saldo se mede em comédia, drama- o que permite que os espectadores sintam compaixão e tornem parte do mundo das personagens.

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“The Help” é uma vitrine para seus atores. Viola Davis e Emma Stone, aparecem como fio contudor do filme. Stone vive Skeeter, a tal determinada jovem, que luta pela causa da classe minoritaria. Aibileen (Davis) é a voz que representa todas essas mulheres afro-americanas violadas pela discriminação racial. E, o seu testemunho serve de base para o livro “The Help” escrito por Skeeter, que subsequentemente representa outras multiplas vozes, dispositando uma Metaficção, onde Tayler exponhe ficção na ilusão ficcional, para dar um clima de verdade a narrativa.

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Curiosamente, achei as performances de apoio bem melhores do que as que foram entregues a Viola Davis e Emma Stone. Por examplo, a bela Bryce Dallas Howard como Hilly, encarna a personificação do mal como uma dona de casa racista, e ignorante. No entanto, o destaque do filme pertence a Octavia Spencer como a amiga de Aibileen, Minny, e Jessica Chastain como adoravel Celia Foote. Esta ultima é vista como uma “white trash” por Hilly e outras senhoras.  Chastain brilha em todos os filmes que fez este ano- “The Tree of Life”, “Take Shelter”,  “Debt” e Coriolanus-, e deveria concorrer ao Oscar contra si mesma da categoria de melhor atriz coadjuvante de 2011.  A Celia de Chastain é uma personagem cheia de vida, mas que sofre por não se enquadrar no grupo das senhoras respeitadas da cidade. Como Minny, Spencer está em fuso. Com os olhos arregalados e de fogo, ela comanda a atenção do público tanto quanto ela chama a atenção dentro da narrativa. Minny é o personagem que você torce, ri e deseja ser. Se Davis e Stone são o coração deste filme, Chastain e Spencer são o sangue pulsando a alma, e corpo  de “The Help”.

Por mais que haja aquela mensagem social, o filme de Taylor é vago. “The Help” não me tocou depois que acabou. Não que seja ruim, pois não é, mas não me deixou com aquele gostinho de querer rever.

P.S.: Sucesso de público e crítica, o filme provavelmente vai receber muitas indicacões ao Oscar. E, merecidamente Davis vai ser indicada como atriz – mesmo que o material aqui não chegue aos pés do seu desempenho em “Doubt” ( 2009).

Lindissima a trilha escrita pelo sempre injusticado Thomas Newman, que diferente do seu pai, o maravilhoso Alfred Newman, esse ganhou 9 Oscars, nunca ganhou nada, e esse ano provavelmente nem indicado aos Oscar vai ser! 😦

 Nota: 6