Trainspotting – Sem Limites (1996)

Trainspotting_b

É um filme tão absolutamente chocante, tresloucado, insano, que o melhor é assisti – lo às 2 da manha num pre – porre. Brincadeira gente!

Apologia ao uso das drogas e a total perda de limites entre a realidade e as alucinações em que um grupo de jovens se envolvem, inclusive uma jovem que é mãe e cujo bebê vive entre eles. Estou para ver no cinema cena pior do que o bebê largado no berço com a mãe drogada em qualquer lugar da casa, quando um dos junckers tem uma fração de lucidez ao avistar a criança. De brochar até quem tiver pensando num fumacê pós filme.

Em Edimburgo, em uma casa, para escaparem da moderna vida tediosa e do dia-a-dia frustrante da cidade, um grupo de jovens resolve se entregar à heroína. As consequências chegam em pouco tempo, e a ruína para eles não será pequena.

Em minha opinião, na mesma proporção que os ingleses fazem as melhores tiradas de humor, eles consequem criar climas soturnos, sombrios, deprimentes, cinzentos que não existe nas produções cinematográficas no mundo.

Filme recomendadíssimo. É um cult.

Transpotting – Sem Limites (1996).
Direção: Danny Bole

Elenco: Ewan Macgregor, Paul lynch, Roberto Carlyle, Jonny Lee Miller
Origem: Reino Unido, colorido, 94 min
Conteudo: de tudo um pouco.

Por motivos aleatorios a minha vontade, nao consegui deixar aqui a lista do soundtrack.
Comprem o dvd. comprem o cd!

Just a perferct day (velvet underground)

Just a perfect day
Drink sangria in the park
And then later when it gets dark we go home
Just a perfect day
Feed animals in the zoo
And then later, a movie too and then home
Oh it’s such a perfect day
I’m glad I spend it with you
Oh such a perfect day
You just keep me hanging on
You just keep me hanging on
Just a perfect day
Problems all left alone
Weekenders on are own
It’s such fun
Just a perfect day
You make me forget myself
I thought I was someone else
Someone good
Oh it’s such a perfect day
I’m glad I spend it with you
Oh such a perfect day
You just keep me hanging on
You just keep me hanging on
You’re going to reap
Just what you sow
You’re going to reap
Just what you sow
You’re going to reap
Just what you sow
You’re going to reap
Just what you sow

por: criz barros

Trainspotting – Sem Limites (1996)

trainspotting-02

Pelo que estou lembrado do ano… achei a melhor produção de 96 sem sombras de dúvida. Assisti mais pela curiosidade pois havia assistido o primeiro filme de Danny Boyle (COVA RASA) e achei interessantemente diferente. Enquanto o primeiro apareceu meio tímido na telona, esse teve direito até a Outdoors com a data do lançamento.

ewan-mcgregor

A visão é fantástica!  Pois as produções de até então mostravam o viciado como uma vítima de tudo que gira em torno de seu vício (como no caso de Diário de um Adolescente de 95). Já o filme de Danny Boyle não! Se afundam no vício sujo sem serem vítimas… são protagonistas! As fusões de realidade e surrealismos das viagens incomodam e Ewan MacGregor desponta como o astro que se tornou. Eu ja havia gostado de seu papel em O LIVRO DE CABECEIRA (96) e inclusive por isso assisti COVA RASA (95). E inevitavelmente parti para a dobradinha Boyle/MacGregor. O resultado não podia ter sido melhor!

O filme é uma pancada na cabeça, psicodélico, diferente, diverte… fora a trilha sonora fodástica com muito som Made in UK. Destaque especial para “Born Sleep” do Underworld que despontou com a trilha e 12 anos depois continua firme e forte.

Uma realidade dura e suja sendo utilizada para a realização de um filme ousado e marcante.

Por: Korben Dallas.

Trainspotting – Sem Limites (Trainspotting). 1996. Reino Unido. Direção: Danny Boyle. Elenco: Ewan McGregor, Ewen Bremner, Jonny Lee Miller, Kevin McKidd, Robert Carlyle, Kelly Macdonald. Gênero: Drama. Duração: 96 minutos. Baseado em livro de Irene Welsh.

Réquiem para um Sonho (Requiem for a Dream. 2000)

requiem-for-a-dreamCreditar às drogas saídas para as suas frustrações. Tem quem acredite nisso.

Me senti mal após o filme. Custei mesmo a dormir. Não lembro no momento de um outro final de filme que me deixou assim tão “pesada”. (Não encontro outra palavra para traduzir essa sensação.) Para quem não conhece, ele aborda as drogas. Mas de um jeito tão real, que choca. E sem desmerecer em nenhum momento a inteligência de quem assiste. Porque não há pieguices, nem quer passar um aviso àqueles que entram nessa viagem de: “olha, é isso aí!”. Todos sabem. Confesso, que nunca entendi quem embarca nesse sonho. Poderia até por esse motivo ter ficado indiferente, mas não fiquei.

Entre os personagens principais, temos uma relação conflitante entre mãe e filho. Sara (Ellen Burstyn) parece que perdeu o bonde da história, ao ficar viúva. Não consegue impor limites ao seu filho (Jared Leto). Deixou-o ao léu. Enquanto passa a vida defronte a tv, sonhando com um dia de lá estar para mostrar a todos a sua fantasia: de que tem uma família feliz. É, de ilusão também se vive. Ou seria, de ilusão se sobrevive? Bem, se fosse apenas isso, de se projetar na tela da tv. Mas tem outros devaneios mais perigosos.

Harry, por sua vez, também sonha com o sucesso. Mas além de o querer rápido demais, o quer de maneira ilícita. Não estuda, nem trabalha e é viciado. Junto com o amigo Tyrone (Marlon Wayans) acreditam que podem ganhar muito dinheiro com as drogas? Mas como, se são grandes consumidores?

Uma quarta personagem nos faz lembrar de que de vez em quando em vez de serem notícias em colunas sociais, jovens de classe rica terminam por fazer parte das páginas policiais por se envolverem com marginais. O que será que vêem neles?

A dessa história ainda nos deixa mais incrédulos. Porque tem talento. Diferente do seu namorado que só sabe vampirizar os outros. Marion (Jenniffer Connelly) poderia ter seguido uma outra trilha. Ressentida por não receber o carinho, a atenção dos pais, procura por um outro colo, o de Harry. E por ele, conhece o inferno.

Todos parecem estar anestesiados para a vida. Vivendo fora do mundo real. E nem ao menos procuram fugir disso. Investem fundo nesse mundo ilusório. E pior, têm pressa.

A trilha musical é primorosa – dá o tom (tensão) perfeito nessa viagem. Essa tensão também é passada com os efeitos parecidos como videoclipe.

Sem esquecer que também o filme mostra as tais drogas lícitas. Com elas, o sonho de obter algo rapidamente. De se encaixar nos padrões estéticos. De acreditar e creditar nessas drogas suas angústias. As cenas com os médicos me deixaram pasma. Revoltou-me a desfaçatez com que prescrevem, como vendem uma ilusão da uma beleza estética num curto espaço de tempo.

No dicionário, requiem, latim, também significa repouso. Para quem assistir esse filme, está aí algo que não encontrará. Claro que, para quem embarca nessa viagem e no mundo real só o terá como num filme – numa ilusão; e sem limite de idade. Nota: 10.

Por: Valéria Miguez (LELLA).

Réquiem para um Sonho (Requiem for a Dream). 2000. EUA. Direção: Darren Aronofsky. Elenco: Ellen Burstyn, Jared Leto, Jennifer Connelly, Marlon Wayans. Gênero: Crime, Drama. Duração: 102 minutos.