Acima das Nuvens (Clouds of Sils Maria. 2014)

Acima-das-Nuvens_2014_01Acima das Nuvens_01Por Eduardo Carvalho.
Toda obra metalinguística reflete seu próprio objeto. Não raro, acaba por provocar reflexão também por outros assuntos aos quais faz referência. Não é diferente o caso de “Acima das Nuvens”, filme de Olivier Assayas, estrelado por Juliette Binoche e Kristen Stewart. Juliette faz Maria Enders, famosa atriz de teatro e cinema, que se vê às voltas com um dilema. Aos 18 anos, fez um papel no palco que foi decisivo para sua carreira. Agora, na maturidade, deverá aceitar o papel de mulher mais velha, vítima da trama?

Acima-das-Nuvens_2014_04A passagem do tempo é atirada na sua face, agravada pela morte de um velho amigo, autor da peça que a projetou. A presença de Valentine (Stewart), sua assistente, que funciona como pára-raios dos problemas do dia-a-dia, é reconfortante. Sozinha, recém divorciada e abalada pela morte do amigo, Maria torna-se dependente cada vez mais da presença e do apoio de Val. Assim como sua antiga personagem no teatro, Val é jovem, cheia de vida, com ideias próprias, querendo ser aceita por suas ideias. Apresenta uma nova visão de mundo contemporâneo a Maria, que não aceita tais mudanças.

Acima-das-Nuvens_2014_05Um jogo de espelhos vai sendo estabelecido na relação entre Maria e Valentine / Helena e Sigi. O vínculo entre a atriz e a assistente é esticado como uma corda tensionada, mas a quebra de expectativa habilmente criado pelo roteiro conduz o espectador a outras camadas e a outros questionamentos. É tal a simbologia das nuvens do título; o passado deve permanecer apenas como lembrança.

Assim como “Birdman”, “Acima das Nuvens” critica e até brinca com a indústria de celebridades em que Hollywood vem se transformando mais e mais, com a entrada em cena das mídias sociais. O filme tem o mérito de fazer um grande recorte do mundo contemporâneo em que muitos estamos imersos, e ainda tocar em questões profundas que sempre acompanharão o ser humano em sua caminhada. Qual meu lugar nesse mundo? Como lidar com o envelhecimento? Aqui, o envelhecer não é visto tanto como sinal de proximidade da morte, mas mostra o quanto a vaidade pode ser algo inútil a manter.

Acima-das-Nuvens_2014_03Embora menos marcante do que em outros papéis, Juliette Binoche dá conta do recado. Sua Maria é feita com algum cinismo, e com um tom menos dramático do que poderia ter saído nas mãos de uma atriz menos tarimbada. Um equilíbrio alcançado apenas pela experiência da idade, e pelo trabalho com tantos diretores diferentes em seus estilos e propostas. De tudo isso, se beneficiam não só o público, mas sua parceira Kristen Stewart. Marcada pela saga juvenil de vampiros, a atriz vem se distanciando desse universo em papéis posteriores, e chegou a este desafio. Parece ter funcionado: Valentine rendeu-lhe o Cesar de coadjuvante, fato inédito com uma atriz americana.

Direção segura, roteiro envolvente e grandes atuações fazem de “Acima das Nuvens” um filme para ficar na memória.

Acima das Nuvens (Clouds of Sils Maria. 2014)
Ficha Técnica: na página no IMDb.

Que tal um passeio em Paris?

ratatouilleCom uma taça de champanhe, ou mesmo uma xícara de café, convido-os a conhecerem Paris, essa cidade que faz parte do nosso imaginário. Pelos Filmes, é claro! Vem comigo!

champs-elyseesQuerendo ver que por lá num país de primeiro mundo também há uma rede de corrupção entre o setor público e o privado assistam esse ótimo filme: “A Comédia do Poder” (L’Ivresse du Pouvoir). Quisera ter por aqui no nosso país duas juízas como as desse filme. Mais detalhes aqui.

Para quem gosta de Thrilher, “Caché” (Hidden) é uma boa! O filme também foca a discriminação entre franceses e argelinos. A cidade das classes mais favorecidas, como do lado carente. Muito embora eu em minha análise preferi ir por um outro ângulo. Um trechinho:

paris_01Há certas tomadas de atitudes que soam como gritos silenciosos de pedidos de atenção. Algo como: “Oi, estou aqui!” São pedidos mudos que por vezes tresloucados na forma, mas que foram como uma última tentativa. E quando não são de fato a derradeira – aquela que não tem mais volta. Alguns desses pedidos, mesmo que incômodos, podem até serem vistos como atitudes infantis. Mas seja lá como foi, ou mesmo de quem partiu, não querem nada de material.

Pois é, um Drama que envolve a vida dos personagens de Daniel Auteuil e Juliette Binoche. Quer saber mais? Tem aqui o texto na íntegra.

Aqueles que curtem uma Comédia irão se deliciar com essa: “O Closet” (Le Placard). Com Daniel Auteuil e Gérard Depardieu. Essa dupla deu química. A tônica aqui, muito mais que uma homofobia, fica em como certas pessoas viajam na maionese. O personagem do Auteuil para não perder o emprego deixa que pensem que é gay. E o seu jeito metódico que até então incomodava passa a ser visto de outra forma. O que mudou foi a cabeça das pessoas. Conto mais aqui.

Na empolgação esqueci de deixar registrado a quem ainda não está familiarizado com o Cinema Francês de que ele não tem o mesmo ritmo dos filmes de Hollywood. Muitos o acham lentos demais. O pior é que acabam perdendo ótimos filmes.

amelie-poulainHumm! Pausa para um delicioso café. Ou mesmo um chocolate quentinho. Que ir saborear num lado de Paris onde a vida passa tranqüila? Saindo do centro frenético da capital parisiense e indo parar no subúrbio. Melhor ainda! Sendo servidos por uma doce garçonete: Amélie Poulain. É! Quem já viu “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (Le Fabuleux Destin d’Amélie Poulain) se apaixona por esse filme. Eu já o vi algumas vezes. Quem ainda não viu, assista. Veja, ou melhor, rememore os próprios prazeres de outrora que por conta do corre-corre atual nem os sinta mais. Veja um pouco mais pelas lentes mágicas de Amélie.

Não podendo esquecer que Paris também nos leva às Galerias de Artes. Para esse filme caso não queira assistir sozinho chame um amigo e vejam: “Meu Melhor Amigo” (Mon Meilluer Ami). Uma deliciosa comédia onde a um Marchand sua sócia lhe impõe um prazo para apresentar um grande amigo. Ele para não perder o objeto da aposta, aceita. Mas não será tão fácil como imaginava encontrar um verdadeiro amigo. E nessa procura ele segue de táxi.

paris-francePara finalizar um pouco de tudo que nos remete a essa cidade: luz, moda, arte, paixão… Em “Paris, eu te amo” (Paris, je t’aime), há tudo isso e muito mais. São 21 Curtas na visão que cada Diretor tem por ela. E por eles, com eles, nosso giro é maior. Temos uma radiografia completa da cidade, dos seus moradores e dos que apenas estão de visita. Um foco maior, aqui.

Eu sou Valéria Miguez, mas podem me chamar de Lella. Se foram olhar meus textos na íntegra, viram que tenho um jeito peculiar de analisar um filme. E que tento ao máximo não tirar a surpresa, e sim motivá-los. See you!

[Em 06/07/2008. Meu primeiro texto para uma Coluna numa Revista Eletrônica.]

Elles (2011). E a profissão mais antiga do mundo como Divã!

Uma mulher entediada com a vida pessoal resolve mergulhar em seu trabalho. O casamento vai mal. Não consegue um diálogo maior com o filho adolescente. Não se sente bem junto aos amigos do casal, mais precisamente amigos do marido. Trabalhando de casa, jornalista de uma conceituada Revista Feminina, a Elle, tenta administrar sua rotina também de dona de casa. Ela é Anne, personagem de Juliette Binoche.

A matéria em questão é escrever sobre a prostituição por estudantes para custearem seus próprios estudos. Pelo menos essa era a primeira intenção dessas jovens. Mesmo que estudos, moradia, alimentação, vestuário… tinham um alto preço na capital francesa, o sexo, ou melhor, o poder de seduzir passou a também pesar nessa balança. Mas isso seria até não pegarem alguém que as violentassem com brutalidade? Continuando enquanto tivessem como, por exemplo, um cliente que após o sexo dedilha num violão “Les feuilles mortes“.

Sendo limitada no número de laudas nesse artigo, Anne resolve intensificar as entrevistas, escolhendo uma francesa e uma imigrante. A primeira é Lola/Charlotte (Anaïs Demoustier), mais arredia, até por temer aparecer, vai se abrindo aos poucos. Nem seu namorado sabia dessa sua vida dupla. Já Alicja (Joanna Kulig) foi de um extremo a outro, de pronto fechou questão, para logo depois ficar receptiva. Talvez até por não ter amiga, nesse breve momento elegeu Anne como tal. O que foi revitalizador para Anne a chegada dessa amizade tão diferente em sua vida.

A fantasia, em todas as suas formas, só tem utilidade se servir como uma reflexão do que pode ser construído para o futuro.” (Kurt Vonnegut)

Mesmo que por um breve tempo Anne se sentiu ligada a essas duas jovens. Admirando-as até por elas transarem em posições que ela nunca fizera. Essas conversas tão íntimas acabou sendo como um Divã para Anne. Até por liberar suas próprias fantasias. Sua libido. Se ainda chamava os olhares masculinos para si. O que ela estaria disposta a fazer. Revolta-se com o filho que tem tudo de mão beijada ficar reprovado. Em ser a dona de casa para o marido. Será que o apetite sexual, a paixão acabou? Por aí. Agora, a grande questão seria em não perder o foco, o olhar profissional no artigo a escrever. Como também qual seria a influência que tudo daria a ela. Afinal, mesmo que inconscientemente, esse tipo de parada para uma revisão só se valida se ocorrer mudanças.

O filme não faz um julgamento das jovens, embora tenha como pano de fundo a prostituição, o foco principal é o momento em que se encontra Anne. Perdida. Frustrada. Sentindo a idade chegar. Ela sabe que não poderá fazer um romance da história que tens em mãos, mas sim um artigo interessante até de se ler.

Então é isso! O filme é de Anne, e Juliette Binoche a faz muito bem! É muito bom! Cumpriu bem tudo que se propos, mas não me deixou vontade de rever.
Nota 8,5.

Por: Valéria Miguez (LELLA).

Elles (2011). França. Direção: Malgorzata Szumowska. +Elenco. Gênero: Drama. Duração: 99 minutos.

Cópia Fiel (Copie Conforme, 2010)

“Nada se cria, tudo se copia.” Chacrinha

“Cópia Fiel” é um filme com roteiro instigante, do iraniano Abbas Kiarostami, diretor do ótimo e premiadíssimo Gosto de Cereja e de  “Dez”. Cópia Fiel é o seu primeiro longa rodado fora de seu país, sendo atores e ambientes de múltiplas nacionalidades, inclusive o tema abordado no qual não há fronteiras entre origens e línguas, sem dúvida, todos os povos se reconhecerão.

É a história do escritor inglês James Miller (William Shimell) que vai para uma cidade italiana lançar o seu livro sob o título de Cópia Fiel. Entre os convidados no momento do lançamento está Elle (Juliette Binoche) dona de uma galeria de arte que se senta na primeira fila ao lado do tradutor do livro e ambos mantêm um diálogo íntimo, ao pé do ouvido, transformando o célebre momento em conversas paralelas, ora mostrando o casal, ora o escritor em sua explanação e logo a seguir a entrada de um garoto (Adrian Moore) que a cumprimenta e depois vai se encostar em um dos cantos do salão e de lá começa um diálogo não-verbal com a sua mãe.

Elle deixa um cartão com o tradutor para que ele entregue ao escritor e se retira com seu filho bem antes do término desse evento.

Na verdade, o assunto instigante do filme é a própria idéia contida no livro recém-lançado, que vai tratar do valor da cópia em relação a um original. A partir daí tudo é uma viagem entre a obra cinematográfica e o expectador. O próprio Kiarostami deixa isso claro, justificando que a interpretação é livre. E o filme  transforma-se em um passeio entre o casal que na realidade parece se tratar de dois estranhos, e que podem ou não querer se conhecer.

Esse filme me conduziu a algumas viagens: lembrei-me do filme de Eduardo Coutinho o “Jogo de Cena” que já falei aqui em outra ocasião, quando o momento é mera encenação ou é fato, atores e anônimos transitando neste filme brasileiro declamando o mesmo texto, e ficamos sem saber quando é real e quando é apenas interpretação, como diz o próprio título ‘jogo de cena’. Lembrei-me também do polêmico diretor Orson Welles no maravilhoso filme “F for Fake” (aqui traduzido por Verdades e Mentiras). Cópia Fiel de Kiarostami e Verdades e Mentiras de Welles, são cópias fieis da ilusão, e ótima invenção. Na verdade o próprio cinema é pura invenção, o filme é imaginação onde nosso cérebro faz com que imagens paradas aparentem estar em movimento. O expectador faz parte desse jogo de cena que dura menos de duas horas.

O escritor diz que tudo é cópia da cópia e mesmo assim tem seu valor como o original. O homem é cópia da cópia do DNA dos pais dos pais de alguém. Andy Warhol deu nova roupagem ao produto Coca-Cola; repetimos frases e discursos que acreditamos ser nossos originais e que alguém já deve ter dito há milhares de anos antes.

O próprio filme que assistimos ou no cinema ou em casa é cópia fiel de um original. Orson Weles ficou famoso aos 23 anos de idade quando em 1938, transmitiu em cadeia de rádio nos EUA sua versão de Guerra dos Mundos e provocou pânico na população que achava se tratar de invasão alienígenas. Muitas obras de arte nos museus são cópias bem feitas de seus respectivos originais; muitos textos literários de autores anônimos passam tranquilamente dados como de grandes autores, Luiz Fernando Veríssimo que o diga; Elmir de Hory, famoso falsificador de quadros pintou telas que juramos ser da autoria de Van Gogh, Picasso, Matisse e muitos outros.

Já no desfecho deste filme Cópia Fiel, o escritor e Elle, passam tranquilamente a idéia de um casal que após 15 anos de casamento resolvem fazer uma segunda lua de mel. Quem não acreditaria nisso? Eu fiquei na dúvida. A obra de arte da sua essência à criação sempre foi reproduzível. Tudo o que fazemos pode ser imitado e copiado.

Mas de fato, existe Cópia Fiel? Uma foto é reprodução de outra foto, assim como irmãos gêmeos: olhe atentamente e diga se essas meras reproduções são cópias autênticas. Na segunda metade do filme o casal que parecia ser dois estranhos ganha intimidade, assumindo papel de marido e mulher, trazendo à tona muitas lembranças mútuas de sentimentos e emoções desgastados pelo tempo, por anos de matrimônio e vida em comum. Verdadeiro ou falso? Cópia ou original?

O essencial na arte e na vida é como fazer para incorporar aos anseios aquilo que será fiel ao nosso modo de sentir pensar e gostar, ao nosso relacionamento amoroso, a fidelidade no amor. Cópia Fiel toca em vários temas relevantes, principalmente sobre o que realmente é autêntico, relativo ou absoluto; real ou cópia.

E sempre o que se quer e se procura é ser fiel no amor, na vida, no sonho, no jeito de ser. Uma obra de arte única, original e exclusiva.

Vale a pena conferir este novo original de Kiarostami. Esse meu texto nada tem de original; é cópia da minha interpretação desse delicioso filme.

Recomendo. Veja cópia deste original de preferência num telão.
Karenina Rostov

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Copie Conforme

França / Itália , 2010 – 106 minutos

Drama

Direção: Abbas Kiarostami

Roteiro: Abbas Kiarostami

Elenco: Juliette Binoche, William Shimell, Adrian Moore

A Liberdade É Azul (Trois couleurs: Bleu. 1993)

a-liberdade-e-azulQuando me deparei com os três filmes intitulados como parte da Trilogia das Cores, onde ‘A Liberdade é Azul‘, ‘A Fraternidade é Vermelha‘ e ‘A Igualdade é Branca‘, percebi se tratar das cores da bandeira da França e do lema tão querido por todos nós pós-Revolução Francesa: Igualdade, Fraternidade, Liberdade.

Quis saber um pouco mais sobre esse diretor, Krzysztof Kieslowski, que ainda não tinha entrado em contato. Trata-se de um polonês que fez filme polonês e francês. Esses três fazem parte de um segundo momento de sua obra, totalmente produzida na França.

Pretendo falar sobre esses três filmes aqui no nosso Cinema, hoje arrisco umas linhas sobre Liberdade é Azul.

Eu fiquei muito contente em saber que cor ela tem, pois na verdade tenho pra mim que uma das impossibilidades humanas é ser livre. Entendo como ser livre não aquele que goza do direito de ir e vir, apenas; mas, aquele que de tão livre as palavras faltam por não conseguir apreender a totalidade do conceito.

a-liberdade-e-azul_01Julie (Juliette Binoche) sofreu um acidente com sua família e foi a única sobrevivente. Tenta se matar mas não consegue. Viver, parece, é maior do que essa perda e dor. A dor dela é visível, é notória, mas sufocada. Completamente sufocada. Cada um com sua maneira de lidar com seus sentimentos.

Achei belíssimo a cena em que ela encontra sua empregada chorando e então lhe diz:

– Marie, por que você chora?

E Marie, experiente de cabelos brancos, responde:

– Choro porque a Senhora não chora.

Aquilo ali foi lindo… sem palavras! Elas se abraçam e Julie consola Marie não sei se como quem diz: “Passa” ou como quem diz: “É… não consigo chorar…”

Por mim, contemplaria esse diálogo por longas horas na companhia de um bom vinho, mas de tão bom que é o filme, sou convidada por mim mesma a continuar a escrever.

Julie, riquíssima, esposa de um excepcional compositor que toca as músicas que ela faz rsrsrs, abandona toda sua riqueza, toda a matéria que a cerca, para gozar de um anonimato e de uma liberdade que se pretende azul. Como ela diz, essas coisas todas são armadilhas…

Será?

Faz amizade, por acaso, com uma prostituta. Achei significativo o diretor colocar isso em cena e em pauta… Admira um flautista e se assume humana…

Será possível ser livre com o abandono da matéria? Os Budistas acreditam que sim, ainda que numa perspectiva outra.

Eu já penso diferente, embora não tenha apegos materiais. Penso que o que nos prende, além de um corpo limitado e limitante que todos nós temos (não sabemos voar), são os conceitos que formamos das coisas, as idéias. Isso não está na matéria, está em nós mesmos e tudo depende da forma como lidamos com a vida…

Indico, recomendo, esse filme pra ontem!

Por: Deusa Circe.

Trilogia das Cores:

Liberdade é Azul – Trois Couleurs – Bleu

Direção: Krzysztof Kieslowski

Gênero: Drama

França – 1993

PARIS, de Cédric Klapisch

PARIS_Cédric KlapischParis” é uma colcha de retalhos. Mas não é que no final, o caldeirão heterogêneo de personagens e situações que não tem muito a ver entre si até que quase dá certo!

paris_juliette-binocheJuliette Binoche é a estrela principal e faz a irmã de um rapaz que está prestes a morrer. Há um historiador insatisfeito com a vida que inveja o irmão que julga perfeito, um imigrante ilegal de Camarões, um feirante apaixonado e mais um punhado de pessoas que praticamente só tem em comum o fato de estarem na cidade luz, fotogênica como sempre.

Embora falte foco e tema, a direção de Cédric Klapisch esbanja charme, humor cáustico além de contar com ótimos atores e diálogos inteligentes em situações originais. Relaxe na poltrona e sinta-se como na cidade preferida de Europa, cheia de neve, amores desencontrados, neuroses, risos, lágrimas e gente bonita.

Por: Carlos Henry.

PARIS. 2008. França. Direção e Roteiro: Cédric Klapisch. Elenco: Juliette Binoche (Élise), Romain Duris (Pierre), Fabrice Luchini (Roland Verneuil), Albert Dupontel (Jean), Mélanie Laurent (Laetitia), +Cast. Gênero: Comédia, Drama, Romance. Duração: 130 minutos.