Casa de Areia e Névoa (House of Sand and Fog. 2003)

Solidão, de manhã… Poeira tomando assento. Rajada de vento. Som de assombração. Coração, sangrando toda palavra sã...”

Nossa! Com devido atraso eu assisti “Casa de Areia e Névoas”. Chego a pensar no do porque de não tê-lo visto antes. O filme é excelente! Sozinha, em meu quarto, não deu para não sonorizar algumas palavras em momentos angustiantes.

Há quem passe pela vida e nem dá valor a ela. Mas antes de um pré-julgamento, o melhor é tentar entende-los. Alguns não suportam bem o ficar sozinho. Se forem abandonados então, o mundo desaba para eles.

É meio por aí que Kathy, a personagem da Jennifer Connelly, segue numa descida vertiginosa. No início do filme, temos o final dele. Depois que ficamos sabendo o que aconteceu ali, com ela e a casa. Abandonada pelo marido, cai em depressão. Sem ligar para si mesma, nem para as correspondências que se acumulavam. Assim, uma ordem de despejo batendo à sua porta a deixa atônita. Sem saber direito o que fazer para salvar a casa que herdara do pai. Nem sem ter para onde ir.

Por vê-la desorientada, ou até por sua beleza, o auxiliar de Xerife Lester (Ron Eldard) se encanta por ela, resolvendo ajudá-la. Ele fora junto com o pessoal da Prefeitura para retirá-la da casa. Sua gentileza em ajudá-la a reunir seus pertences, e até em arrumar um lugar para ela, no fundo era por atração sexual. E vendo-a frágil, o sentimento de posse também se fez presente. Verdade seja dita, a atriz é muito bonita. O preconceito de Lester, com o desenrolar da estória, me fez lembrar do filme “Dançando no Escuro“.

Lester também consegue uma advogada para ela. Havia um jeito de reaver a posse da casa. É que a Prefeitura errara ao designar a residência como um estabelecimento comercial. Se ela tivesse aberto a correspondência desde o início nada disso teria acontecido.

A perda da casa veio junto com o aviso da chegada de sua mãe. Como nada dissera à mãe do rompimento, a situação atual lhe faria uma loser para a mãe. Mentiras. Medo da mãe. Tudo denotava que ela pedia inconscientemente por proteção. Para ela, o Xerife mais que um cara para transar, era sua tábua de salvação. Para ele, ela era a desculpa perfeita para abandonar a esposa e dois filhos.

A casa vai a leilão. E quem a arremata é um ex-oficial iraniano Coronel Behrani, personagem de Ben Kinsgley. Alguém que nos leva a reavaliar nossos conceitos, ou, saber se não são preconceitos. Seu comportamento, sua estória de vida, é um belo exercício para nossos sentimentos. Analisá-los friamente, se possível. Se em algum momento o ódio aparecer, questione a que está odiando.

Vindo de um alto escalão militar em seu país, onde mantinha um ótimo padrão de vida, … trabalha duro para devolver um pouco dessa vida à sua família. Em solo americano, aceita trabalhos bem abaixo da sua aptidão. Por vergonha, esconde da esposa e do filho em que trabalha. Por orgulho, sua vida militar não é algo para ser enterrado. Não tinha vergonha de seu passado.

A casa conquistada em leilão fora escolhida não apenas pelo preço, mas porque do alto dela, se avistava o mar. Os lembrariam da antiga casa no Irã. Mas não tinha planos de ficar nessa casa por muito tempo. Ficaria o tempo para equilibrar o orçamento familiar. Tinha planos de revendê-la. A que estavam morando estava aquém das suas posses, mas ela serviria para a filha mostrar a família do noivo que eles ainda viviam no luxo. Cansado, querendo num futuro próximo viver de acordo com sua renda, ele não abre mão dessa casa. A comprara com o suor de seu trabalho. E trabalhando ali, em solo americano. Era um cidadão americano cumpridor dos seus deveres, ciente dos seus direitos.

A casa por si só é um mero abrigo. Depende de quem nela vive para que seja um Lar. Mas também pode ser objeto de cobiça, de mostrar superioridade. Os materiais usados em sua construção dará a ela parte de seu tempo de vida. Uma outra, ficará a cargo de seus proprietários. Mas as intempéries da natureza vem para mostrar o quanto ela pode ser frágil diante de um poder maior. Muitas delas poderão fazer parte da sua vida. Da sua estória de vida.

De um lado uma personagem de aparência frágil. Do outro, alguém que a vida o ensinou a ser forte. Qual deles teria mais chances de superar os revezes da vida? Que armas usariam na luta pela posse da casa. Qual deles tinha mais direito à ela? São algumas das reflexões que “Casa de Areia e Névoa” traz. Um filme que também lhe colocará em xeque. Não deixem de ver.

Por: Valéria Miguez (LELLA).

Casa de Areia e Névoa (House of Sand and Fog). 2003. EUA. Direção: Vadim Perelman. Elenco: Jennifer Connelly (Kathy), Ben Kingsley (Massoud Amir Behrani), Ron Eldard (Lester), Frances Fisher (Connie Walsh), Kim Dickens (Carol Burdon), Shohreh Aghdasloo (Nadi), Jonathan Ahdout (Esmail), Navi Rawat (Soraya), Carlos Gómez (Tenente Alvarez), Kia Jam (Ali), Jaleh Modjallal (Wasmin), Samira Damavandi (Soraya – jovem), Matthew Simonian (Esmail – jovem), Marco Rodriguez (Mendez), Al Rodrigo (Torez), Andre Dubus III (Myers). Gênero: Drama. Duração: 126 minutos. Baseado em livro de Andre Dubus III.

Uma Família Bem Diferente (Breakfast With Scot. 2007)

Não gostei desse título dado no Brasil: “Uma Família Bem Diferente“. Por acentuar, por enfatizar que há diferenças no tocante de uma relação casal com filhos formando de fato um Lar. Também porque assim continuam a propagar os preconceitos. Poderiam sim, terem traduzido literalmente o título original – Breakfast with Scot. Não apenas porque é parte do contexto da estória, e tem uma das cenas mais comoventes. Uma Família, no sentido de um Lar, primeiro não tem que vir de laços consanguíneos. Depois, não tem que ser como manda a tradição: um casal hetero com seus filhos de sangue.

Em “Uma Família Bem Diferente“, um menino, o Scot, perde a sua mãe de sangue. Como ela deixara como tutor seu namorado, Billy, que nem é o pai de Scot, ele é procurado. Enquanto o procuram, a juíza delega Sam, irmão de Billy, para cuidar do menino. A juíza merece aplausos por estar ciente da relação de Sam com Eric. Billy só se interessa pelo dinheiro deixado para Scot, por sua mãe.

Abro um parêntese para esse legado. É que, se a grana tem uma importância em quem ficará com Scot, ficou sem maiores detalhes. E o Sinistro (Seguro) pelo o que eu sei não é pago se quem o fez morreu de overdose. Enfim…

Eric é pego de surpresa com essa decisão. Embora sabendo que não tem escolha, tenta argumentar com Sam. Fazendo um drama em terem uma criança em casa. Ele que primazia em manter uma conduta super discreta, com a chegada de Scot na vida deles, se verá tendo que enfrentar velhos fantasmas. Temores desde a infância, por bullyings sofrido por outras crianças. Sam já é mais desencanado.

Por conta disso, a estória do filme coloca Sam como o pai mantenedor, e que só intervém numa impor uma autoridade em meio ao caos. Embora Eric também trabalhe fora – comentarista de hóquei para um canal de tv -, ficará aos seus cuidados, levar e buscar Scot para a escola; comprar roupas; alimentá-lo… Enfim, seguindo uma tradição: será uma mãezona para o menino.

Como citei antes, pela postura discreta, Eric acreditava que em seu trabalho, só quem sabia da sua homossexualidade era uma amiga. Por Scot, irá se confrontar com seu chefe preconceituoso.

Para surpresa de Eric, Scot é totalmente desencanado da sua sexualidade. Deixando aflorar seu lado feminino, no vestir, no cuidado com a pele, gostando de se maquiar… Se antes de vê-lo, Eric já sofria por um futuro gavião-no-pedaço… ao conhecê-lo, ficou apavorado. Mais. Com Scot ao lado, para ele era também contar ao mundo que era gay. A grande questão, era que Eric não digeria bem o preconceito das pessoas.

Scot acaba trazendo uma revolução na vida de todos. O que levará a essência de cada um deles, demarcar um caminho a seguir. Como com o menino briguento, da casa vizinha, que sem o Scot, seria um forte candidato à prática do bullying. Scot, de um único “t” veio como uma criança frágil, mas mostrará uma grande força interior…

Breakfast With Scot” não é um filme para descobrir o final, mas sim para acompanhar todo o crescimento, ou não tão amadurecimento assim, dos personagens. Para refletir que enquanto se olhar com preconceito para aquele que quer assumir a sua homossexualidade, ficará intimidado. Tendo até quem sofra por isso. Por vezes,  a pressão é tanta, que vestir uma armadura não basta, se fazendo ver o em torno com lentes cor de rosa. E não é fuga, é se dar esse privilégio.

Eric, Sam e Scot vieram nos mostrar que também podem ser uma família mais que perfeita. Não percam! O filme é ótimo, para ver e rever! Até por ser mais um a mostrar que um casal homo também serão excelentes pais/mães, como o “De repente, Califórnia“.

Por: Valéria Miguez (LELLA).

De repente, Califórnia (Shelter. 2007)

de-repente-california_filmeAntes… esse aviso: ‘Homófobos, caiam fora!‘ É, assim: curto e grosso. Melhor irem ver outro filme. Eu nem vou perder meu tempo numa tentativa de deixarem de ser estúpidos. E por que? O filme é um dos mais lindos, mais sensíveis, mais realistas que eu vi, abordando a homossexualidade. Se alguém ainda estiver disposto a reavaliar seus preconceitos, a esses sim, eu também indicaria.

Eu até cogitei em escrever sem focar nesse tema. Porque teria como. Mas ai vi que seria uma grande bobagem. Creio que quanto mais o assunto vir a mesa de debate, mais ele será visto como tem que ser: uma relação como outra qualquer. Além disso, ‘De Repente, Califórnia‘ traz uma outra questão: a de um casal homo ‘adotar’ um filho. Mesmo não sendo juridicamente, que mal há nisso? E novamente o preconceito existe nas pessoas. Há muitos casais heteros que nem estão ai para o bem estar da criança. Chegando até jogarem ela fora… ou, atirando-a pela janela… Eu vi como um grande avanço no Judiciário do Brasil quando ‘deixou’ que o filho da Cássia Eller ficasse com a companheira dela. Se alguém quer ser mãe, ou pai, de fato e de direito, não precisa ter que ser, ou ter uma relação hétero para isso. Tem que querer e poder assumir tal compromisso.

de-repente-california_01Zach (Trevor Wright) é um rapaz muito ligado a família. Órfão de mãe, tem um pai que embora presente na casa, é ausente como pai. Junto com eles dois, mora a irmã, Jeanne (Tina Holmes), e Cody (Jackson Wurth). Jeanne quando não está trabalhando no mercado, está namorando, bebendo, transando… Usa e abusa do irmão como babá do filho. Cody só não se tornou uma criança com problemas, porque Zach lhe dá muito carinho. Cody o considera como um pai. É linda a cena quando ele afirma que tem Zach como o seu Dad. Tem no Tio a figura paterna na essência. E Zach o é. Um pai que nunca teve, mas que por isso sabe que Cody precisa dele. Ainda mais com a mãe que tem, que nunca tem tempo para o menino.

Zach tem, além do sobrinho, mais duas paixões: desenhar e surfar. O surfe, basta rodar alguns poucos quilômetros e desfrutar desse prazer. Quanto ao desenho, o sonho maior é se especializar, mas o curso o faria ter que ir viver mais longe. Quem o prende ali, é o seu amor por Cody. Em dar a ele a sensação de que tem um lar. Mas com as demais pessoas naquela casa, o ‘Lar‘ só existe no coração de Zach e Cody. A casa é só um mero abrigo contra as intempéries climáticas.

de-repente-california_02Em Zach, irá aflorar uma outra paixão, que até então estava meia indefinida em sua mente. E ela vem à superfície quando rever Shaun (Brad Rowe), o irmão mais velho do seu amigo de infância Gabe (Ross Thomas). Nessa descoberta de si mesmo, até por saber dos preconceitos alheios… Há cenas que emocionam! Em momentos por compartilhar com a tristeza dele. Noutras, por sentir a alegria com ele. Houve momentos do filme, que me fez lembrar do Curta Brasileiro, ‘Café com Leite‘; nesse, eu também fiquei emocionada. Shaun voltou por querer refletir…

Em ‘De Repente, Califórnia‘ há uma outra questão: as amizades. Sem conotação sexual. Gabe, quando descobre, mostra o quanto gosta dele num caloroso abraço. Isso faz toda a diferença! Amigo é amigo. Não importando se as preferências sexuais dele não for a mesma que a sua. Com Gabe ainda há um outro lance. Que fica numa linha tênue se há maldade no que diz, ou se o faz como um papagaio repetidor. Ai sim não haveria preconceito. Pode até doer um pouco naquele que para ele foi direcionado o termo. Mas se souber abstrair, pode até levar o outro a não dizer mais. Ou nem se abalar mais com isso. Bastando pensar que o problema está na mente do outro. Não vi maldade quando, por exemplo, Gabe pergunta a Shaun se só tem comida de bicha. Shaun gosta de cozinhar. Contrário de Gabe que é adepto dos fast foods.

Zach terá que se definir, mas como uma pessoa que define por si mesmo, as suas prioridades. Tomar enfim uma decisão: ou fica na vidinha de sempre, ou vai ser feliz. Com Shaun, mais que um mero abrigo, terá um futuro promissor. Com casa, comida, muito amor, estudo, carreira, e um verdadeiro lar, até para Cody. Isso se Jeanne concordar. Alguém que é um poço de egoísmo. Tão diferente de Tori (Katie Walder), a namorada de Zach. Tão igual ao troglodita do mais recente namorado.

A trilha sonora foi muito bem escolhida! Ela nos enleva nas emoções sentidas em ‘De Repente, Califórnia‘. Tem classificação maior que Excelente? Tendo, é o que eu daria a esse filme. Que entrou para a minha lista de que vale muito a pena rever. Não deixem de ver.

Por: Valéria Miguez (LELLA).

De repente, Califórnia (Shelter). 2007. EUA. Direção e Roteiro: Jonah Markowitz. Gênero: Drama, Romance, Esporte. Duração: 97 minutos.

À Procura da Felicidade (The Pursuit of Happyness)

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Guarda dos filhos: um direito apenas da mãe? E do pai, não?

Sobre o título original, o “y” em vez de um “i” em happyness faz parte da história. É interessante o porque dele.

O filme é baseado numa história real. De início, parece um drama comum, atual, em tantos lares: questões financeiras. Contas a serem pagas e pouco dinheiro entrando. Bem, o diferencial, talvez esteja no fato do personagem querer manter seu filho próximo.

A história conta das dificuldades de um cara em tentar conciliar família, estudo e profissão. Acreditando no seu potencial, investe tempo e dinheiro numa venda. Acontece que escolheu um item difícil de ser vendido. Com a falência batendo na porta, a mulher vai embora. Para ela surgiu uma oportunidade de trabalho. Mas longe dali. Então, ele lhe implora para que não leve o filho. Até pela infância que teve… ele não quer o mesmo para seu filho.

Abrindo um parêntese. Não sou contrária ao pai ficar com a guarda dos filhos. E esse filme, meio que de leve, aponta para que isso deixe de ser algo negativo. Até porque as mulheres também têm direito de pensar e cuidar do seu lado profissional; de sua carreira. Antes, um papel só bem visto para os homens.

Sendo assim, mesmo quando sua vida parece descer ladeira-abaixo… Chris Gardner (Will Smith) faz o impossível para que o filho sinta que eles ainda têm um lar. Se quem se emocionou com a história do casaco ligando pai e filha no filme “Crash – No Limite”… Não tem como não se emocionar com a história da caverna para que filho sinta que têm um lar. A cena arrepia! Até mesmo num albergue para desabrigados… Ele mostra o significado da palavra Lar.

Também ficamos ciente do que fazem, alguns, com estagiários… Haveria também algo de discriminação por ele ser um negro? O que fizeram com ele não poderia ter sido um teste em paralelo ao estágio… Jogaram pesado!

Will Smith, me surpreendeu! Eu que sempre o vi como um ator cômico; a menção de seu nome, logo pensava em “MIB”, em “Hitch”… agora terei também esse personagem. Foi ótimo! Confesso que chorei com ele no finalzinho.

A trilha sonora é linda! Citando algumas: “This Masquerade”, com George Benson; “Jesus Children of America”, com Stevie Wonder; “Lord, Don’t Move That Mountain”, com The Glide Ensemble. E amei a versão que a Roberta Flack deu para “Bridge over troubled water”!

Um filme que entrou na minha lista de que será gostoso revê-lo. Gostei! Nota: 09.

Por: Valéria Miguez.

À Procura da Felicidade (The Pursuit of Happyness). 2006. EUA. Direção: Gabriele Muccino. Elenco: Will Smith, Jaden Smith, Thandie Newton, Brian Howe, Jay Twistle, James Karen, Dan Castellaneta, Kurt Fuller. Gênero: Drama, Bibliografia. Duração: 117 minutos. Classificação: Livre.

Mundo Livre (It’s a Free World)

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Uau! Assisti esse filme sem desgrudar os olhos. A princípio, pelo tema central: a mão-de-obra de imigrantes num país de primeiro mundo. Até por onde ser: Londres. Eu queria ver isso. Usando a fala de um dos personagens: ver o terceiro-mundo em Londres.

Creio que muito de nós, conhecemos pessoas que embarcaram nessa. Mas talvez, os que foram por si só. Sendo assim, vejam esse filme. Mesmo que por curiosidade, em saber como é feito esse recrutamento em maior escala. Os sub-empregos que aceitam por um sonho maior… Uma vida, por vezes, na clandestinidade.

Esses trabalhadores são números e dividendos nas mãos de quem os contratam. E em alguns casos, até objetos de prazer…

Quem nos mostra esse mundo, é Angie. Uma mulher, não mais tão jovem, mas ainda com muita tesão em ter de fato uma independência financeira. Em querer se libertar.. Separada… Mora com uma amiga… Talvez, para que seu filho sinta que tenha um lar, ele mora com seus pais. Mas ele ressente… Talvez, numa de querer saber no mundo de quem, ele faz parte; ou, de quem ele é parte…

Demitida, por não aceitar o assédio de um executivo. Com tantas cobranças… Decide abrir sua própria agência. Chama a amiga para serem sócias. Rose fica temerosa. Terão um vespeiro pela frente. Mas Angie a dobra-a. Já que mesmo com doutorado,  ela trabalha num call-center. E jogando até com a burocracia que lhes dará uns meses à frente para uma regularização… Abrem a agência de recrutamento. Afinal, disso ela entendia, pois era o que fazia e bem, no trabalho anterior.

Não há beneméritos no que fazem, como já falei. Mas até que ponto chegariam para continuarem com a agência? Não é tão fácil como planejaram… Seguir em frente? Numa de quem sai na chuva é para se molhar? Rose fica assustada com a amiga. Mesmo ciente que enfim, estão ganhando o tão sonhado dinheiro às custas desses imigrantes, Rose acredita que tudo tem um limite. Mas Angie não.

Jogaram pesado… E Angie dançou conforme a música!

Gostei! Nota 09.

Por: Valéria Miguez (LELLA).

Mundo Livre (It’s a Free World). 2007. Inglaterra. Direção: Ken Loach. Com: Kierston Wareing, Juliet Ellis. Gênero: Drama. Duração: 96 minutos.