Os Mercenários 2 (The Expendables 2. 2012)

_Acho (o avião) que pertence a um museu.
_Todos nós pertencemos.”

Confesso que pouco me lembro do primeiro que até já reprisam na tv, mas que não me deu vontade de rever. Já com essa continuação eu já me vi motivada desde que eu vi um dos primeiros teasers. Que me fez pensar em “Red – Aposentados e Perigosos“, o qual eu adorei. O que “Os Mercenários 2” tem como principal ponto em comum é o fato de continuar mostrando que essa turma da velha guarda ainda dá um excelente caldo. Tem carinhas jovens, e de jovens atores, mas perto do demais devem sentir como em uma aula prática.

Os Mercenários 2” é ação o tempo todo, com uma pitada de suspense, temperado e regado com muito humor. Há tiradas de antigos personagens de cada um deles como um presente a nossa memória cinéfila. Se eles pertencem a um museu, é justamente dela. Heróis e Mocinhos, por vezes Vilões, que marcaram o Cinema de algumas décadas passadas. Que merecem respeito e aplausos. Reuní-los num só filme seria um projeto arriscado. Mas o Diretor Simon West conduziu tão bem que no final me deixou um: “Que venha um terceiro!”

Na trama temos Bruce Willis (Church) como um big-boss. Já o personagem de Sylvester Stallone (Barney) está de olho numa aposentadoria, mas terá que quitar com uma missão meio no escuro, além de ter que levar junto uma protegida do chefão, Maggie (Nan Yu). Antes disso, ao resgatar um cara, sem querer salva um antigo companheiro. Um que não gostou nada dessa ajuda. Mas mais como um “Droga! Esse papel não é adequado para um ator de peso como eu!” Mas essa ranzinzice faz parte do show. Só não digo quem é para não estragar a surpresa. Até porque como eu já disse, esse remember de antigos personagens é a tônica do filme. Como um quiz divertidíssimo!

esquadrilha-abutre_desenho-tvNum avião quase uma sucata voadora que até me fez lembrar da “Esquadrilha Abutre do Dick Vigarista“,  Barney e sua fiel escuderia pulam de missão em missão. Como co-piloto, há o Lee Christmas (Jason Statham), que vive o dilema de assumir de vez uma grande paixão. Mas vai adiando, e tendo como desculpa estar sempre ocupado. Deixa ótima para as brincadeiras de Barney e em cima da profissão da namorada de Lee. Ainda na equipe há: Gunnar Jensen (Dolph Lundgren), Hale Caesar (Terry Crews), Toll Road (Randy Couture), Bill The Kid (Liam Hemsworth). Gunnar tenta jogar charme para Maggie, mas ela fica atraída por Bill. Até por curiosidade em ver um cara novinho entre aqueles já veteranos de guerras. E Bill conta. Num resumo seria: O que difere mesmo os mercenários de uma tropa militar é que para os segundos quem fica com a grana é o governo.

Por que aqueles de nós que mais querem viver, que mais merecem viver, morrem, e os que merecem morrer continuam vivendo? Qual é a mensagem nisso?

Claro que para o filme prosseguir, há baixas significativas, como nem tudo sai como previsto. Até porque há a entrada dos verdadeiros vilões. Tendo como chefão Vilain, personagem de Jean-Claude Van Damme. Com os comparsas Yin Yang (Jet Li) e Hector (Scott Adkins). Acontece que esses vilões dificultam ainda mais a saída de cena de Barney e sua turma. A ponto de vir socorre-los uma outra lenda desse tipo de filme. Como uma aparição digna do tema musical desse momento. O que leva Barney a reavaliar o sentido da missão.

Se são as viradas do destino que tiram muitos de uma rotina meio letárgica, aqui fará com que aceitem um novo tipo de recrutamento antes inadmissível. Mas não como buchas de canhão. Como uma nova estratégia. Que no final vira uma hora do recreio para esses heróis. Pois é diversão para eles e para quem assiste. Tanto que me deixou querendo um terceiro filme, mas nos moldes desse, “Os Mercenários 2“.
Nota 10.

Por: Valéria Miguez (LELLA).

Os Mercenários 2 (The Expendables 2. 2012). EUA.
Diretor: Simon West.
Gênero: Ação, Aventura, Thriller.
Duração: 102 minutos. Classificação: 16 anos.

Os Reis da Rua (Street Kings)

Somos policiais, podemos fazer o que bem entender. Não importa o que aconteça, o mais importante é como relatamos.

Antes de mais nada quero salientar que adorei a cara do Keanu Reeves. Ele agora está com cara de homem. Antes tinha carinha de jovenzinho. Parece que o moço ‘cresceu’. E isso é com a pessoa dele. Uma mera observação feminina.

Agora o filme… Policial dos bons! Que prende a atenção. E o que traz?

Keanu Reeves faz um policial, Tom Ludlow. Que está em crise por não ter ainda se recuperado da morte da esposa; até pelas circunstâncias da morte dela. Tenta um consolo com garrafinhas de vodka, mas esse lado não abala seu lado profissional. Como diz seu Capitão, Wander (Forest Whitaker) ele é como um míssil – direto ao ponto. Mais, do tipo que se houve um flagrante… para que perder tempo com júri e tudo mais… Por sem bom no que faz, como faz… De repente surge o Capitão Biggs (Hugh Laurie). Um Tira que caça outros Tiras. Fica como uma sombra de Tom.

Tudo seguia como de costume, até que um ex-companheiro seu, Washington (Terry Crews), é assassinado por dois mascarados. E Tom estava no local. A partir dai, parece que Tom pisou numa areia movediça. Tentando apurar, para livrar a sua cara, já que se tornou suspeito, acaba se complicando cada vez mais. Assim, acompanhamos Tom pelo menos sair do atoleiro. Que não é dos pequenos.

Além das outras participações estarem em sintonia, deixo registrado que as duas personagens femininas fogem dos esteriótipos de mulheres na maioria desse gênero de filme – Policial. Great! Falar mais da história, tiraria a surpresa de quem ainda não viu. Assistam! Eu gostei!

Por: Valéria Miguez (LELLA)

Os Reis da Rua (Street Kings). 2008. EUA. Direção: David Ayer. Elenco: Keanu Reeves, Forest Whitaker, Hugh Laurie, Chris Evans, Cedric the Entertainer, Jay Mohr, Terry Crews, Naomie Harris, Common, Martha Higareda, Amaury Nolasco, Cle Shaheed Sloan, Noel Gugliemi, Michael Monks. Gênero: Crime, Drama, Policial, Thriller. Duração: 109 minutos.