A Espiã Que Sabia de Menos (Spy. 2015)

a-espia-que-sabia-de-menos_2015_cartazFazer uma paródia e de filmes do tipo James Bond pode até soar redundância. Porque convenhamos, o cara retirar uma roupa de mergulhador e por baixo já estar com um smoking impecavelmente alisado, é nonsense puro. Ou mesmo quando o 007 mergulha de um penhasco e consegue entrar num avião que despencara antes dele e sair pilotando numa boa. Com isso o Diretor Paul Feig já tinha diante de si um prato cheio, ainda mais que ele também assina o Roteiro: era brincar em cima daquilo tudo. Restando saber então se ele teria conseguido. E sim! Ele acertou a mão! Pois “A Espiã Que Sabia de Menos” é muito bom!

a-espia-que-sabia-de-menos-2015_01Se o próprio personagem James Bond já teria diante uma alta tecnologia em armamentos, é claro que um espião de hoje conta com muito mais. Como por exemplo, um olhar a lhe guiar em tempo real: satélites e drones ligando o espião em campo a alguém numa salinha a milhas dali. Os fãs de 007 podem até não gostar dessa “nova versão” para o seu querido agente, mas enfim uma paródia tem total liberdade para não o primar de um alto QI e sim liberando muito mais o sex appeal desse personagem. Assim temos em “A Espiã Que Sabia de Menos” como o agente galã, o Bradley Fine, o ator Jude Law. Não sei se ele quis participar desse filme como um laboratório tipo quem sabe um dia vir a interpretar o “007“, ou mesmo sendo um fã do personagem ter um gostinho interpretando-o mesmo que numa paródia. Enfim, mesmo para mim que sou fã do ator em Comédias Românticas, ou mesmo nas que pendem para um Drama, ele não me agradou de todo. Não sei se ele também preferiu ficar mesmo no caricato, até para “não queimar o filme” dele nesses outros tipos de filme onde ele é excelente! Mas nesse aqui ele deixou a desejar. Para a sua performance eu daria um 7,5.

a-espia-que-sabia-de-menos-2015_02O tal olhar a guiar esse agente vem de uma sala muito da esculhambada e dentro da própria agência, a CIA em questão. A ela é dado o tal QI que falta no tal agente de campo. Sendo assim usa com maestria toda a parafernália tecnológica a sua frente. Ali comandando tudo aquilo ela se sente uma agente 007 de saia. Ela é Susan Cooper, personagem de Melissa McCarthy. Eu não sei se Paul Feig escreveu já pensando nessa atriz, o certo é que acertou em cheio. McCarthy está excelente! Não apenas pelo biotipo, mas principalmente pela performance: há cenas que ficarão na memória e pela ótima atuação. Nota 10.

a-espia-que-sabia-de-menos-2015_03Por um erro de Bradley, e para não comprometer o andamento da missão, se fez necessário ter um novo agente em campo, e que fosse desconhecido. É quando Susan se oferece dela própria ir investigar mais de perto o tal traficante de armas. Bem, pelo menos é o que promete a sua superior (Allison Janney). Agora uma coisa era trabalhar atrás de um computador, e outra bem diferente era se passar por um espião. Mas de tanto ser os olhos e o cérebro do Bradley, deu a ela confiança de sobra, até em se achar meio invisível. Que de um jeito ou de outro ela vai conseguindo se infiltrar no território inimigo. Quem quase vai entornando o caldo é o agente Rick Ford, personagem de Jason Statham. Esse sim faz um ótima dobradinha com a McCarthy! Statham faz um agente bem tosco e está impagável! Para ele Nota 10.

a-espia-que-sabia-de-menos-2015_04Outro personagem que também rouba a cena é Nancy, interpretado por Miranda Hart. Nancy passa então a ocupar o lugar de Susan na tal sala. Bem, ela até tenta também conviver com os ratos que por lá aparece, mas a questão que ela se empolga com a “promoção” de Susan. Empolgação é pouco! Que pelo jeito a tal salinha ficou pequena demais! Nancy não iria perder a chance… Mesmo sendo uma comédia um pouco de surpresa também conta. Agora, se houver uma continuação para “A Espiã Que Sabia de Menos“, além claro de Melissa McCarthy e de Jason Statham, Miranda Hart também carimba sua participação! Sua Nancy até me fez pensar na personagem Lucy de “Meu Malvado Favorito 2“, que eu também gostei muito! Nota 10!

Claro que um outro “coadjuvante” de peso é a Trilha Sonora. Começando com “Who Can You Trust“, de Ivy Levan, dando uma cara de um real “007”. Para mais tarde “Dancing Lasha Tumbai” mostrar que se trata mesmo de uma comédia escrachada! Até tem um love incendiante com a participação do cantor 50 Cent. Tudo num acorde perfeito, mesmo quando as figuraças parecem sair do tom!

Whoopy-Goldberg_e_Melissa-McCarthyO Diretor Paul Feig está de parabéns! Soube tirar proveito dos nonsenses dos filmes de espionagem num roteiro enxuto. E embora também tenha me levado lembrar do filme “Salve-me Quem Puder” (1986) por conta da personagem de Whoopy Goldberg, talvez numa de uma ideia que leva a outra, mas que acabei vendo como uma homenagem e a ambas atrizes com suas personagens que mesmo que atrapalhadas se saíram bem em suas missões, inclusive em divertir o público! Então é isso! O filme “A Espiã Que Sabia de Menos” é muito bom! Nota 9!

Por: Valéria Miguez.

A Espiã Que Sabia de Menos (Spy. 2015)
Ficha Técnica: na página no IMDb

Uma Saída de Mestre (The Italian Job. 2003)

uma-saida-de-mestre_2003_posterLadrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão? Brincadeira à parte! O filme “Uma Saída de Mestre” tem como pano de fundo em dar uma volta em que antes fora parceiro num grande roubo. E esse tal roubo, ou melhor, ambos os roubos é a tônica de toda a ação nessa nova leitura de “Um Golpe à Italiana” (1969) e Dirigido  F. Gary Gray.

Eu acredito nas pessoas, só não acredito no demônio dentro delas.”

Após todo um meticuloso roubo na Itália, levando milhões em barra de ouro numa fuga espetacular pelos canais de Veneza, um dos ladrões envolvidos, Steve (Edward Norton), trai a todos levando o produto do roubo. Pior! Ele até arma em dar fim a todos, mas na realidade um deles que morreu de fato, John Bridger (Donald Sutherland).

Do Velho Mundo partem frustrados para a América tentando levar a vida, como também em tentar encontrar o traidor. E acabam por encontrá-lo vivendo numa bela mansão com um grande aparato de segurança e usufruindo de tudo que o dinheiro possa comprar. Afinal, mesmo que ninguém mais o ligasse ao tal roubo, precisava se proteger de algum outro grupo tão bom quanto eles foram. Steve seguia a vida tranquilo até ser descoberto…

A diferença do amor e o ódio é que por ódio você mata. Por amor você morre.”

Acontece que Charlie (Mark Wahlberg) não apenas quer recuperar a fortuna roubada, como também quer vingar a morte do amigo Bridger que o considerava como um pai. Para isso terá que reunir os demais companheiros, como também tentar convencer a filha de Bridger a ajudá-los nessa nova empreitada. Ela é Stella (Charlize Theron) que herdara do pai o talento de arrombar cofres. Só que essa perita usa o seu talento ajudando a Polícia arrombando cofres em cenas de crimes, como também em testar os componentes de segurança. Stella ficará tentada entre seguir sua vida honesta ou aceitar o convite de Charlie para vingar a morte do pai.

Paralelo a isso temos Charlie em reunir os antigos comparsas. Onde cada um é dotado de um talento específico. A Charlie cabia traçar todo o plano. Lyle (Seth Green), o especialista em informática. “Ouvido Esquerdo” (Mos Def), o expert em explosivos. “Rob Bonitão” (Jason Statham), o galante sedutor para conseguir as informações necessárias ao roubo, como também o motorista oficial para a hora das fugas. E Steve, o grande vilão da história, se antes era quem despistava a polícia nas fugas, teria que usar todo o seu talento para se safar dos demais na nova empreitada.

Roubo, morte, traição, fugas alucinantes, perseguições… pode não ser nada novo. Dai se faz necessário contar e bem uma história. Algo que “Uma Saída de Mestre” faz. E para meu agrado, há cenas hilárias! Além de belas paisagens, uma Trilha Sonora ótima! Atuações incríveis! Num ótimo filme para ver e rever! Nota 08!

Por: Valéria Miguez (LELLA).

Uma Saída de Mestre (The Italian Job. 2003)
Ficha Técnica: na página no IMDb.

Os Mercenários 2 (The Expendables 2. 2012)

_Acho (o avião) que pertence a um museu.
_Todos nós pertencemos.”

Confesso que pouco me lembro do primeiro que até já reprisam na tv, mas que não me deu vontade de rever. Já com essa continuação eu já me vi motivada desde que eu vi um dos primeiros teasers. Que me fez pensar em “Red – Aposentados e Perigosos“, o qual eu adorei. O que “Os Mercenários 2” tem como principal ponto em comum é o fato de continuar mostrando que essa turma da velha guarda ainda dá um excelente caldo. Tem carinhas jovens, e de jovens atores, mas perto do demais devem sentir como em uma aula prática.

Os Mercenários 2” é ação o tempo todo, com uma pitada de suspense, temperado e regado com muito humor. Há tiradas de antigos personagens de cada um deles como um presente a nossa memória cinéfila. Se eles pertencem a um museu, é justamente dela. Heróis e Mocinhos, por vezes Vilões, que marcaram o Cinema de algumas décadas passadas. Que merecem respeito e aplausos. Reuní-los num só filme seria um projeto arriscado. Mas o Diretor Simon West conduziu tão bem que no final me deixou um: “Que venha um terceiro!”

Na trama temos Bruce Willis (Church) como um big-boss. Já o personagem de Sylvester Stallone (Barney) está de olho numa aposentadoria, mas terá que quitar com uma missão meio no escuro, além de ter que levar junto uma protegida do chefão, Maggie (Nan Yu). Antes disso, ao resgatar um cara, sem querer salva um antigo companheiro. Um que não gostou nada dessa ajuda. Mas mais como um “Droga! Esse papel não é adequado para um ator de peso como eu!” Mas essa ranzinzice faz parte do show. Só não digo quem é para não estragar a surpresa. Até porque como eu já disse, esse remember de antigos personagens é a tônica do filme. Como um quiz divertidíssimo!

esquadrilha-abutre_desenho-tvNum avião quase uma sucata voadora que até me fez lembrar da “Esquadrilha Abutre do Dick Vigarista“,  Barney e sua fiel escuderia pulam de missão em missão. Como co-piloto, há o Lee Christmas (Jason Statham), que vive o dilema de assumir de vez uma grande paixão. Mas vai adiando, e tendo como desculpa estar sempre ocupado. Deixa ótima para as brincadeiras de Barney e em cima da profissão da namorada de Lee. Ainda na equipe há: Gunnar Jensen (Dolph Lundgren), Hale Caesar (Terry Crews), Toll Road (Randy Couture), Bill The Kid (Liam Hemsworth). Gunnar tenta jogar charme para Maggie, mas ela fica atraída por Bill. Até por curiosidade em ver um cara novinho entre aqueles já veteranos de guerras. E Bill conta. Num resumo seria: O que difere mesmo os mercenários de uma tropa militar é que para os segundos quem fica com a grana é o governo.

Por que aqueles de nós que mais querem viver, que mais merecem viver, morrem, e os que merecem morrer continuam vivendo? Qual é a mensagem nisso?

Claro que para o filme prosseguir, há baixas significativas, como nem tudo sai como previsto. Até porque há a entrada dos verdadeiros vilões. Tendo como chefão Vilain, personagem de Jean-Claude Van Damme. Com os comparsas Yin Yang (Jet Li) e Hector (Scott Adkins). Acontece que esses vilões dificultam ainda mais a saída de cena de Barney e sua turma. A ponto de vir socorre-los uma outra lenda desse tipo de filme. Como uma aparição digna do tema musical desse momento. O que leva Barney a reavaliar o sentido da missão.

Se são as viradas do destino que tiram muitos de uma rotina meio letárgica, aqui fará com que aceitem um novo tipo de recrutamento antes inadmissível. Mas não como buchas de canhão. Como uma nova estratégia. Que no final vira uma hora do recreio para esses heróis. Pois é diversão para eles e para quem assiste. Tanto que me deixou querendo um terceiro filme, mas nos moldes desse, “Os Mercenários 2“.
Nota 10.

Por: Valéria Miguez (LELLA).

Os Mercenários 2 (The Expendables 2. 2012). EUA.
Diretor: Simon West.
Gênero: Ação, Aventura, Thriller.
Duração: 102 minutos. Classificação: 16 anos.

Revólver (2005)

revolver-2005So para os fas de Guy Ritchie que gostam de ficar tentando adivinhar ou entender o enredo e o que uma coisa tem a ver com outra, e as vezes parece que nao entendeu nada.

É a história do perturbado Jake, bandidão que sai da cadeia disposto a vingar os anos em que esteve preso. Sua missão é destruir a vida de Macha, um poderoso chefão que manda matar sem dó. Os dois se envolvem com Lord John, o mais temido de todos os facínoras. Jake, Macha e Lord não são flores que se cheirem. O encontro dos três é big bomba pronta para explodir.

Jake foi julgado e teve duas opções para cumprir a pena: ou ficar 7 anos na solitária ou ficar 14 anos na cadeia. Jack opta por ficar na solitária, onde a unica comunicação com o mundo são livros que pode ler.
Nessas trocas de livros, descobre que tem de cada lado da cela outros presos (tambem na solitária) que estão jogando xadrez atraves de códigos escritos nestes livros. Começa a acompanhar os 2 “colegas” ate o dia em que eles fogem da solitária, da cadeia. Essa fuga nao é explicada, tambem nao se preocupe em entender.

Passados 7 anos, Jack é solto – ele resolve ir atras de Macha (Ray Liotta), que o colocou na prisão. Solto, Jack é chantageado por agiotas, um deles Avi (André Lauren Benjamin, do grupo Outkast).

Macha, é um chefão, machão metrosexual que tem uma ridicula cor bronze -alaranjada, adquirida de tanto ficar numa sala de bronzeamento artificial construida na mansão onde mora. Coisa cafona.

Tem uma gangue barra pesada de japas. Coisa trash total, muito bom.

Parece q a vingança de Jack tera que ficar para depois, mas aos poucos, todas as pessoas vao se envolvendo ate q a chantagem termina em 3 pontas: Macha, um tal de Lord que ninguem sabe quem é e Jack – sempre seguido de perto pelos agiotas.
Não existem cores gritantes, tem cenas slow motion, sobreposição de imagens, uma coisa meio non sense mas com bons resultados.

Indico p final de semana com pizza.

Elenco: JASON STATHAM & RAY LIOTTA & ANDRÉ BENJAMIN & VINCENT PASTORE
Direção: GUY RICHIE; França / Inglaterra; colorido; tempo: 104

Efeito Dominó (The Bank Job. 2008)

Entre todos os envolvidos os que assaltaram o banco eram os mais inocentes.

O motivo maior para assistir a esse filme foi por ser baseado numa história real. E vindo de onde veio, além de saber o que fizeram, ou melhor, pelo o que não fizeram, aumentou ainda mais o meu interesse. Deixo como sugestão que acompanhem todo o percurso. Aqueles que ligam um reloginho para ir em disparada querer descobrir tudo, vai perder o melhor da história. Do que está por trás desse grande roubo a um banco. Londres, 1971.

Um grupo, de posse de uma certa informação, teriam um final de semana livre para assaltar um certo banco em Londres. E fazem! Mas se por um lado tudo parecia estar indo bem, por outro surge algo que poderia por tudo a perder. Agora se alguns outros acharam que todos desse grupo seriam otários, Leather (Jason Statham) não era. Só não contara com o tamanho da enrascada que entraram.

No roubo, levariam o conteúdo de dezenas de caixas de depósitos. Onde o que os clientes guardavam nesses pequenos cofres não precisava ser discriminado. Logo, após um roubo nem todos terão como recuperar. Já que teriam que contar o que guardavam ali.

Mas alguns sim, poderiam tentar recuperar o objeto roubado. E quem seriam eles? O que tinha nas caixas que os interessavam tanto? Como ou o que fariam para reaver? Quem de fato estava por trás, e por que usaram o tal bando?

Bem, eles vão da realeza, passando por políticos, seguidos por policiais corruptos, também por cafetinas, escroques, produtores de filmes pornô, além de um ilustre e controverso personagem. Enfim, a fina flor da sociedade londrina da década de setenta tinha interesse nesse roubo.

Além do que, a trilha sonora é ótima! A começar por: ‘Get It On’, TRex.

Peguem a pipoca porque o filme é ótimo!

Por: Valéria Miguez (LELLA).

Efeito Dominó (The Banker Job). 2008. Reino Unido. Direção: Roger Donaldson. Elenco: Jason Statham, Saffron Burrows, Stephen Campbell Moore, Richard Litern. Gênero: Crime, Thriller. Duração: 111 minutos.