Os Premiados com o Globo de Ouro 2013

Golden-Globe-AwardsA 70ª edição do Globo de Ouro (Golden Globe Awards) aconteceu na noite deste domingo (13), em Los Angeles. A cerimônia premiou os melhores filmes e séries do ano de 2012, segundo votação da pela Associação de Correspondentes Estrangeiros de Hollywood (Hollywood Foreign Press Association). Sendo então um prêmio concedido pelos críticos o que o difere do Oscar e do Emmy que são prêmios da própria indústria (Cinema e Televisão). Até então diziam ser uma prévia do Oscar, mas esse nesse ano de 2013 divulgou antes a lista com os indicados. Deixando alguns indicados ao Globo de Ouro de fora. Enfim, agora fiquemos mesmo com os premiados ao Globo de Ouro.

Onde os Melhores do Cinema com o Globo de Ouro 2013 foram:
– “Os Miseráveis” saiu com três estatuetas: de Melhor Filme Comédia ou Musical; de Melhor Ator Comédia ou Musical para Hugh Jackman e Melhor Atriz Coadjuvante para Anne Hathaway.
– “Argo” levou a estatueta de Melhor Filme Drama e de  Melhor Diretor para Ben Affleck.
– “Django Livre” também saiu com duas estatuetas, Melhor Roteiro para Quentin Tarantino e Melhor Ator Coadjuvante para Christoph Waltz.
– “Lincoln” saiu com o de Melhor Ator Drama para Daniel Day Lewis.
– “A Hora Mais Escura” levou o de Melhor Atriz Drama para Jessica Chastain.
– “O Lado Bom da Vida” saiu com o de Melhor Atriz Comédia ou Musical para Jennifer Lawrence.
– “Valente” ganhou o de Melhor Animação.
– “As Aventuras de Pi” o de Melhor Trilha Sonora para Mychael Danna.
– “Skyfall” o de Melhor Música Original com o tema “Skyfall”, de Adele e Paul Epworth.
– “Amor” o de  Melhor Filme Estrangeiro.

E os Melhores da Televisão com o Globo de Ouro 2013 foram:
– “Homeland” de Melhor Série Drama; de  Melhor Ator Drama para Damian Lewis e Melhor Atriz Drama para Claire Danes.
– “Game Change” o de Melhor Minissérie ou Filme para TV; Melhor Atriz em Minissérie ou Filme para TV para Julianne Moore e Melhor Ator Coadjuvante em Minissérie, Série ou Filme para TV para Ed Harris.
– “Girls” de Melhor Série Musical ou Comédia e o Melhor Atriz Musical ou Comédia para Lena Dunham.
– “House of Lies” o de Melhor Ator Musical ou Comédia para Don Cheadle.
– “Hatfiles & McCoys” de Melhor Ator em Minissérie ou Filme para TV para Kevin Costner.
– “Downtown Abbey” o de Melhor Atriz Coadjuvante em Minissérie, Série ou Filme para TV para Maggie Smith.

contact_1997A atriz Jodie Foster foi a homenageada com o prêmio Cecil B. DeMille pelo conjunto de sua obra. Merecido! Num discurso emocionado até brincou com a platéia, mas mais direcionado aos votantes, ou seja, aos jornalistas, disse: “Se vocês estão esperando meu discurso de “coming out” [algo como “sair do armário“], podem esquecer. Já fiz isso há muito tempo“. Jodie Foster começou sua carreira de atriz ainda criança. Com grandes performances. Poderão ver aqui algumas dessas atuações: “Deus da Carnificina“, “Contato“, “Valente“, “Um Novo Despertar“, “Um Plano Perfeito“,”O Silêncio dos Inocentes“.

Agora é esperar pelo Oscar 2013 e ver se o Globo de Ouro foi de fato uma prévia!:)

P.s: Poderão ver a lista com os indicados ao Globo de Ouro 2013, aqui.

Os Miseráveis (Les Misérables. 2012)

os-miseraveis_posterPara aqueles que amam a obra de Victor Hugo, e as versões da Broadway de Les Misérables, por favor não comparem com o filme de Tom Hooper!. Eu particularmente gosto de musicais, mas quem não curte– pela caridade!!–,, nem tente ver “isso.”

Gostaria de dizer que Les Misérables é um bom filme, mas não posso!. Não recordo da última vez que me senti tão entediado na sala de cinema. Eu não tive nenhum problema com as vozes ao vivo e a tentativa dos atores em sentir e  acrescentar uma intimidade natural através das canções– não existe diálogo real no filme. Tudo é cantado,  até mesmo as conversas–, porém, me senti miseravelmente cansado com eles (os atores), encantados com o drama e sofrimento dos seus personagens.

Achei a direção confusa e em constante mudança entre intermináveis ​closeups que a maioria do elenco não pode preencher com emoções genuínas. Ok, o desempenho de Anne Hathaway é o ponto algo do filme, porque ela canta a única canção que realmente é digna de ser escutada, a emocionante I dreamed a dream, pois o restante da trilha sonora do musical da Broadway, é preenchido com canções fracas e, que nunca cativaram meus ouvidos!

Hugh Jackman é credível em seu papel, e embora seja um bom cantor, em muitas cenas, ele me pareceu sofrer para conseguir interpretar as canções, inclusive “Suddenly” , originalmente escrita para o filme, que tem uma melodia linda, mas uma letra totalmente deslocada, talvez, por causa da interpretação sem alma, de Jackman!.

Russel Crowe não é um cantor ruim – gostei da voz dele!-, o problema é que a voz dele não ‘casa’ com as canções que ele foi forçado a cantar!.

Sasha B. Cohen chega a roubar a cena, ao lado de Helena B. Carter, mas  não o suficiente para salvar o filme, porque o seu personagem, me pareceu sem sentido ao contexto da narrativa em si.

O filme é, em minha análise decepcionante, porque não é divertido, nem angustiante e nem mesmo instigante em relação ao drama dos seus personagens. Melhor nem falar mais, pois prefiro esquecer!

Nota: 4/10

Gigantes de Aço (2011). Os Vídeos Games Tornando-se Vida Real…

Quando eu vi um teaser desse filme me deixou no mínimo curiosa. Já que parecia ser, ou ter, uma mistura de “O Campeão“, de Franco Zeffirelli, com “Karatê Kid – A Hora da Verdade“, com Pat Morita, sendo que nesse caso seria o jovem a doutrinar o mais velho. Eu não curto lutas seja de qual categoria for – livre, boxe, ninja… -, mas tendo um personagem em fase de entrar na adolescência num tema como esse é um outro fator que me levar a querer ver o filme. Como se não bastasse, teria Hugh Jackman e a Kate de Lost, a atriz Evangeline Lilly, no elenco. Então, com o passaporte carimbado, era esperar “Gigantes de Aço” aportar em solo brasileiro. Assisti e…

Porque de não gostando de esportes violentos, ter gostado desse filme que traz lutas:

Gigantes de Aço” traz uma certa evolução em lutas: de galos de brigas para robôs. Num tempo onde a luta entre humanos fora proibida, surgiram os robôs criados para esse fim. Verdadeiras máquinas programadas para matar. Fiquei pensando se a tal proibição viera como consequência da onda do politicamente correto. Não que isso faça parte da trama, seria mais para tentar definir o perfil do personagem de Hugh Jackman, o Charlie, como os dos demais que escolhem esse tipo de esporte.

Há bem pouco tempo que eu vi com outros olhos aqueles que escolhem lutar boxe, por exemplo. Sem o menor eufemismo: seriam pessoas que gostam de bater com muita violência, e que não se importam de sofrerem a mesma agressão. O meu preconceito quanto a isso mudou com um programa de tv. Numa região conturbada, carente até de recursos sociais, com o tráfico de drogas agenciando cada vez mais os menores, um morador mantinha com parcos recursos um pequeno Ginásio. Disse ele que cada jovem que ali ia lutar boxe, era um a menos a ser tornar um criminoso. Disse mais, que ele também fora um deles. A chance que ele teve, e o que o fez mudar de vida, decidiu dar aos jovens de agora. Era o que ele sabia fazer de melhor. Enquanto eles queimavam toda a adrenalina naquele ringue, estariam a salvos.

É de fato algo salutar da pessoa que tem em si um lado violento se conseguir canalizá-lo em algum esporte onde poderá descarregar toda a sua adrenalina. Ainda dentro de uma personalidade sem uma sociopatia, porque para essas outras caberia uma pescrição médica. Mas mesmo que seja algo cultural, nem todos possuem esse instinto violento. Um instinto de sobrevivência sim, atinge uma parcela bem maior, e por ele pode-se por em uso um revide violento. Agora tudo isso transparece o não uso do lado racional; ou que ele é quase inexistente. Mas enfim, se é nato ou não, se é por sair-se melhor em algo físico ou não… eu ainda não curto a violência.

Charlie foi uma cria de um ringue. Tivera como mestre o pai de Bailey (Evangeline Lilly). O Boxe era o seu único talento. Com a proibição de lutas homem-a-homem ele passou a comandar robôs quase sucatas. Mas sem muito discernimento, apostava mais do que poderia ganhar. Com isso, sua dívida aumentava e para uma turma que não deixava barato. O que prejudicava Bailey. Ela herdara o antigo Ginásio de Boxe do pai. Embora tenha se aperfeiçoado em comando e mecânica de robôs, com a sequência de derrotas dos seus robôs estava perto de perder o prédio. E meio que ficou esperando por um milagre cair do céu.

A sorte um dia pode mudar, mas o talento fica!

E o tal milagre veio com os dois outros personagens. Primeiro, com Max (Dakota Goyo). Que com a morte da mãe, a justiça procura pelo pai, no caso, Charlie. Obrigados a conviverem por um período, a princípio, os dois se estranham. Depois, como Max é um aficcionado por video-games e dessas lutas entre robôs, a relação entre os dois passa por um período de tolerância. Max após passar por um grande abalo emocional, conhece e se liga a uma sucata de um robô. Ele é Atom. Que com a evolução dos robôs, fora descartado. Max pede ajuda a Baley para colocá-lo operante e então levar o pai a acreditar que Atom poderá voltar a lutar novamente.

Um único ponto negativo, mas que não tirou o brilho do filme, fora com uma personagem feminina.

O da atriz Evangeline Lilly. Ela não fez feio, mas com o seu personagem não tinha como despontar. Já que o filme focou mesmo três personagens masculinos.

Enfim, a trama é previsível, mas ao mesmo tempo prende atenção, a ponto de quase no final ficar uma vontade de que demore mais. O que me fez pensar que se vier uma continuação, eu irei ver. Uma deixa para uma continuação aparece ainda no meio do filme numa cena com Max e Atom. Então, é mais que um pipoca, “Gigantes de Aço” é muito bom! De querer rever!

Por: Valéria Miguez (LELLA).

Gigantes de Aço (Real Steel. 2011). EUA. Diretor: Shawn Levy. +Elenco. Gênero: Ação, Esporte, Drama, Sci-Fi. Duração: 127 minutos.

Wolverine (2009) – Um Herói entre dois mundos…

x-men-origins-wolverine_posterProgramados para matar? Não! Aqui, a loucura de alguns generais de guerras aliados a loucos cientistas vai além. Num, fabricados para matar. De mutação a mutação, foram criando seres de grande força para um exército muito especial. Para eles manipularem ao seu bel-prazer. Se fosse preciso, nem cérebros teriam. Mas não sendo possível, que não ficassem sentimentalóides. Pois numa guerra, ou mata, ou sobrevive a ela. Não há outra conduta ética a ser seguida.

Para eles, seria primeiro captar de cada um seu dom nato, ou para não dizer, suas forças. Onde a ambição maior seria colocar em um único. E que esse então virasse uma máquina de guerra indestrutível. Na pressa, aproveitando-se de uma fragilidade de Logan (Hugh Jackman), criam o número 10, ou X, em romano. Surgindo então o Wolverine.

Aproveitando que ele tinha uma sede de vingança, logo uma cobaia dócil. Bem, isso é o que acharam. E onde erraram? Em querer fazer dele um desmemoriado? Ele se revolta. Mas…

Assistam! “X-Men Origem: Wolverine” é sensacional! De querer rever! Mesmo já sabendo da trama do filme – toda a origem de Wolverine -, é bem eletrizante. E num tempo certo. Outro ponto positivo. Não foi preciso alongar o filme para contar a saga desse herói. De alguém que não pediu para ser o que era. E ele bem que tentou ser um pacato cidadão. Ficar de fora daquele circo. Mas não deixaram. Investiram muito nessa máquina.

Ah! Um último detalhe. Uma das música me fazia lembrar do tema de ‘1942 – A Conquista do Paraíso’. Uns acordes. Mas se foi uma homenagem, tudo bem.

Como o filme veio para contar a origem do Wolverine, seria óbvio que o final combinasse com o anterior. Sendo assim, não ficou em aberto. O que por vezes me incomoda um pouco, algo como se nas entrelinhas tivesse um outdoor já anunciando uma continuação. Sendo esse baseado numa HQ, e com personagens interessantes, fica, ficou um querer ver na Telona mais filmes com eles. Eu gostei muito! Dou nota 10! Mesmo não tendo gostado da escolha do ator Ryan Reynolds.

Por: Valéria Miguez (LELLA).

X-Men Origem: Wolverine (X-Men Origins: Wolverine. 2009). EUA. Direção: Gavin Hood. +Elenco. Gênero: Aventura, Ação, Fantasia, Sci-Fi, Romance, Suspense. Duração: 107 min.

Austrália – E o Perdão a ‘Geração Roubada’

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Antes de ver esse filme, numa lida em alguma sinopse, me veio a sensação de já o ter visto. Vendo-o, ficou claro que sim, e em vários outros. Não que o desmereça, muito pelo contrário, pois ele é cativante. Todos os ingredientes estão lá sim: a heróina aristocrata meio sem noção, o herói meio bronco, os vilões, o governo dando suporte aos poderosos, a Igreja querendo arraigar com a cultura do povo nativo, a fazenda no meio do nada… Agora, tem que ser muito bom para manter a atenção do público por quase três horas de projeção. A mim, deixou. Só faria uma pequena ressalva, a de que poderiam ter enxugado um pouco a primeira metade do filme.

‘Austrália’ também cativa por nos mostrar toda a beleza natural daquela terra. Ainda meio indomável pelo período retratado: o iniciar da Segunda Guerra Mundial. Por lá, as grandes fazendas de gado da aristocracia inglesa. O que adensou a população em locais estratégicos. Na proximidade de um porto, como o que é mostrado no filme.

Agora, o grande diferencial nesse filme, fica em torno da segregação racial muito forte. Mais precisamente com os mestiços. E é por um deles, o pequeno Nullah (Brandon Walters), que nos é contada toda a história. A sua história. O que foi o início do respeito ao que eles chamaram de ‘geração roubada’. Pois mesmo não sendo escravos, Estado e Igreja, os queriam longe de suas vistas. Por serem filhos bastardos de brancos com as negras australianas. Levavam-os para uma das ilhas, e por lá permaneciam para serem catequizados pelos Missionários.

australia_nullahNullah é filho de um capataz, Fletcher (David Wenham) com uma jovem empregada da fazenda Faraway Downs. Pertencente aos Ashley. Até o início da história, passa seu tempo ao lado do seu avô, o King George (David Gulpilil). Ciente que deve ficar meio invisível aos olhos dos brancos, leva uma infância feliz, aprendendo com seu avô toda a magia, cultura, do seu povo por parte de mãe. Já que para eles, não há discriminação por ele ser um mestiço. Até que, presencia um assassinato. Por ter mergulhado para se esconder, do assassino só vê o sapato. A partir dai, começa a sua saga.

Nesse ínterim, Lady Sarah Ashley (Nicole Kidman) vai até a Austrália para então concretizar de vez a venda da fazenda. Pois seu marido não retornava nunca. As dívidas com suas propriedades na Inglaterra se acumulavam. Para recebê-la no Porto, seu marido envia Drover (Hugh Jackman). Um cara que não gosta de ter patrões. Esconde uma grande tristeza num jeito rude de ser. Já Fletcher tinha dois patrões. Muito embora tinha como o seu real, e não oficial, patrão King Carney (Bryan Brown), ambicionava casar com a filha dele, e assim tornar-se o rei dali.

Aqui, a corrida será qual o gado chegará primeiro no porto, e então ser comprado pela Esquadra Britânica. Além de já adentrar em plena guerra, como citei, a mentalidade do Império Britânico começou a mudar. Ou, até pelo o que fizeram no que é retratado no filme ‘Gallipoli‘… Era hora de não envolver mais inocentes nas guerras.

Assim, pegue um bom pote de pipoca e acompanhe com brilho nos olhos toda essa saga. Temos todos, personagens e público, a aprender com o pequeno grande Nullah. Nota Dez.

Por: Valéria Miguez (LELLA).

Austrália (Australia). 2008. Austrália. Direção e Roteiro: Baz Luhrmann. Elenco: Nicole Kidman (Lady Sarah Ashley), Hugh Jackman (The Drover), Brandon Walters (Nullah), David Wenham (Neil Fletcher), Bryan Brown (King Carney), Jack Thompson (Kipling Flynn), Jacek Koman (Ivan), Ben Mendelsohn (Dutton), David Gulpilil (King George), Essie Davis (Katherine), Barry Otto (Administrator). Gênero: Aventura, Drama, Guerra, Western. Duração: 165 minutos.