Série: The Newsroom (2012/2014). Por Um Jornalismo Mais Ético!

the-newsroom_serie-de-tvthe-newsroom_01Por: Valéria Miguez (LELLA).
Ele é um âncora que acredita que mesmo um programa sem ter um cunho jornalístico possa se manter íntegro e ter audiência sem ter que apelar para o sensacionalismo ou mesmo inverdades. Avesso a fama advinda de polêmicas… Ele se vê saindo de uma hibernação ao ser contratado justamente para trazer a audiência de volta a um telejornal no horário nobre de um canal a cabo. Ele é Will McAvoy, personagem muito bem interpretado por Jeff Daniels! Afastado das mídias também por problemas pessoais… Mas mais por uma participação num programa onde McAvoy juntamente com outros convidados foram entrevistados por jovens estudantes. Esses, cientes até deu seu posicionamento político – o tinham como alguém em cima do muro… focam nele as perguntas… Bem, McAvoy até tentou se segurar… Mas num certo ponto, ele “explodiu”… Mas como um professor tentando colocar ordem na classe! Não para se calarem, mas sim para que raciocinassem até com o que estavam falando. Assim, e se valendo de uma das perguntas – “Por que a América é o melhor país do mundo?” – McAvoy então deixa a sua marca! Antológica, por sinal! Que até me fez lembrar de uma cena do filme “Obrigado por Fumar“, de 2006. Se nesse outro a lição fora para o filho… Neste, McAvoy sem querer acabou dando até para o mundo…

Como McAvoy passou a dominar a tudo e a todos no tal programa, de certa forma mostrou o paradoxo em sua personalidade. O saber falar em público, pensamentos próprios ou não, há de se ter que ponderar até por princípios éticos. Se carisma e até eloquência pode levar alguém a uma certa notoriedade, também pode levá-la a um domínio manipulador. Algo que McAvoy abominava! Algo que também não gostava, de até irritasse, era em não ver outra pessoa fazendo uso da própria inteligência. Que dirá então diante de uma platéia de jovens mais afeitos às celebridades! Um prato feito para ele! Como numa onde devolve uma pergunta com outra já emplacando um questionamento: “Privatizar? Eu não gostaria de que o Corpo de Bombeiros só fosse apagar as chamas na minha casa se eu estivesse com as mensalidades em dia!” E por ai segue… Mesmo mantendo a atenção para si, ele queria levá-los a se questionarem sempre, que não se mantivessem fechados a uma só “ideologia”, menos ainda a do “individualismo”, que se mantivessem abertos ao “socialismo”… O que acaba lhe uma nova legião de fãs. Pois mesmo que a princípio ele tenha ferido a exagerada xenofobia dos americanos: eles “se acham”… Agradando a muitos ou não… Mesmo não gostando, ele polemizou sim no tal programa. Até por já se mostrar contrário a tal pergunta no início desse texto. Aproveitando de tudo que fora falado até então, ele dá uma verdadeira aula para aqueles jovens! Englobando Geo-Política, Humanismo, História, Economia… McAvoy os conduziu ao seus próprios cérebros… Que estudassem mais antes de fecharem uma questão… Que questionassem sem aceitar de imediato uma informação dada vinda de quem vier… Porque o mundo não é só bem e mau, feio e bonito… Enfim, atônitos e êxtases… McAvoy deu uma grande aula para aqueles jovens!

the-newsroom_02Aula essa que também ficou memorável para uma outra pessoa. Que mesmo contrariando a CEO de próprio canal (ACN), a Leona Lansing (Jane Fonda), fora mais do que por estar atrás de audiência, fora por um olhar romântico dos bastidores de uma redação, que o presidente da divisão de notícias desse mesmo canal, Charlie Skinner (Sam Waterston, numa ótima atuação) que levara McAvoy para estar ser o âncora e o editor-chefe dando uma cara nova ao “News Night“. E para comandar toda a estrutura a dar base para ele, é contratada a produtora Mackenzie MacHale (Emily Mortimer, numa ótima atuação e que deu química com Daniels). Ambos também traziam na bagagem uma história pessoal e mal resolvida… Que acaba dando um tempero a mais na então nova relação profissional de ambos. Do qual Skinner não abria mão em tê-los no “News Night“. MacHale ciente do desafio, aceita! Ciente também da batalha diária, sabe que precisará de uma equipe bem compromissada também.

Assim, ao contabilizar quem estará junto com ela, MacHale se vê com algumas baixas levadas mais por conflitos com o McAvoy. Ele também não facilita nada nessa “seleção”. Entre os aceitos temos: Neal Sampat (Dev Patel) – escritor do blog de McAvoy e que vasculha a internet procurando por notícias; Jim Harper (John Gallagher Jr.) – o produtor sênior do “News Night” e que se verá entre dois chefes para lá de exigentes; Maggie Jordan (Alison Pill) – uma estagiária em busca de se tornar também uma produtora; Sloan Sabbith (Olivia Munn) – a analista financeira do “News Night“. Também no elenco fixo, entre outros tem: Don Keefer (Thomas Sadoski) – o antigo produtor executivo do tal telejornal saindo então para trabalhar em um outro programa na emissora.

Com a velocidade das informações dadas atualmente por conta da internet, a Série “The Newsroom” também vem como um remember com fatos ocorridos e há bem pouco tempo. Já que ela também levava no contexto da trama, acontecimentos reais. À contar de quando começou a produção, em 2011, até o cancelamento dela, em 2014. Mesmo eu que amo o Gênero Comédia, me levo a questionar do porque um Série com conteúdo sério é cancelada! Custo a crer que não dê audiência por lá, nos Estados Unidos. Tem tantas e sem relevância que duram tanto tempo… Enfim, mesmo ciente que esta teve vida curta… Para quem não tem os canais da HBO, mas tem o sinal aberto do Cinemax, aproveitem! A série está sendo exibida por ele, nas noites de sexta-feiras. Ainda no início da 1ª Temporada.

E mesmo dando para notar meu entusiasmo em mostrar o perfil do protagonista, o McAvoy… Vale ressaltar o quanto estou gostando de “The Newsroom“! Com acontecimentos reais como pano de fundo para os bastidores de um telejornal, intercalados com a história dos personagens. Com pinceladas de um humor bem inteligente! Uma pena mesmo que não teve vida longa! Enfim… Fica a sugestão dessa Série Nota 10!

The Newsroom (2012 – 2014)
Ficha Técnica: na página no IMDb.

Curiosidades:
– O cenário de “The Newsroom” estava localizado no Sunset Gower Studios, em Hollywood. Mas o fictício prédio da Atlantis World Media, na realidade, foi a torre do Bank of America no cruzamento da 6ª Avenida com a Rua 42 em Manhattan, com efeitos visuais utilizados para alterar o nome do prédio acima da entrada.

– Âncora – O termo âncora (anchorma) surgiu em 1948 nos Estados Unidos para definir o profissional que centralizava todas as informações de uma cobertura jornalística. Tudo isso aconteceu em uma Convenção realizada na cidade de Philadelphia nos Estados Unidos, transmitida pela CBS.
A partir dessa definição de âncora, o termo foi se difundindo e se consolidando como o principal mediador dos telejornais, através dos quais as notícias seriam difundidas. Existem muitos mitos sobre a profissão, entre eles está o mito de que o âncora só trabalha na hora em que está gravando na bancada, que é muito diferente da realidade destes profissionais da televisão, que são antes de qualquer coisa jornalistas que fazem de tudo para transmitir a informação para os telespectadores.

– E um vídeo com a tal aula que McAvoy dá:

Séries: “CSI: Investigação Criminal”, “CSI: Miami” e “CSI: NY”. Por Que Acabar com Elas?

csi_csi-miami_csi-ny_cartazCSI_cartazA primeira a chegar e o quase a última a sair, assim chega a vez da Série “CSI: Investigação Criminal” se despedir após 15 Temporadas e com um bônus extra nesse encerramento: um episódio estendido como num longa-metragem. Agora, terminar por que? Já que teria fôlego e histórias para outras temporadas mais. Mas como sempre acontece para os fãs de outros países ficam à mercê do “mercado de audiência” no país de origem; e não apenas para os dessa Série.

Pessoas loucas fazem pessoas sãs agirem loucamente.” (CSI) “Nunca confunda absolvição com inocência.” (CSI: Miami) “As pessoas perdem tempo para colocar os seus segredos mais sombrios e então enviá-los para alguém que não conhecem. Duas perguntas: por que e…por quê?” (CSI: NY)

Será que os Produtores, ou mesmo os principais responsáveis dos canais onde as Séries são criadas, não entendem que o principal rival atualmente não é uma outra Série e de um outro Canal de Televisão, mas sim a Web. Que até tendo um canal pela internet, onde se veria os programas de televisão, esse ainda trava muito para ainda a maioria de usuários da internet. Daí muitos fãs ainda prefiram assistir por um canal à cabo ou de um da televisão aberta. Bem, a realidade mudou… Onde uma grande parcela da sociedade atualmente prefiram muito mais às mídias sociais do que acompanhar Séries por televisão. Pensem! Dentro do universo das pessoas que você conhece pessoalmente quantas ainda gostam de acompanhar Séries de Televisão? Que até haja um número maior dos quem acompanhem novelas até por que elas lançarem “tendências” e assim se sentirem “na moda” pelas mídias sociais. Até porque são os personagens de novelas que mais lançam modas… Por outro lado… Creio ainda ter muito menos desistências de fãs de Séries do que dos que passam a gostar delas.

Pessoas mentem, evidências não.” (CSI) “A culpa nos mantém em alerta, nos torna melhores.” (CSI: Miami) “Um pequeno erro pode ser usado para mudar toda a dinâmica do que vem a seguir.” (CSI: NY)

csi-miami_cartazComo também que mesmo que a desculpa seja por altos salários de alguns atores… creio que em séries como “CSI” os personagens são sim coadjuvantes de peso, mas é a trama que é o ponto alto. Mesmo que alguns dos personagens tenham sua própria legião de fãs… a grande maioria continuaria assistindo-a sem o seu ídolo… E meio que para “cortar os custos”… Para esses com altos salários bastaria “aposentá-los”, ou em serem “assassinado”… Gerando assim uma nova história…

Se o mundo não se adapta a você, você tem que se adaptar a ele, certo?” (CSI) “A descoberta de algo inesperado é interessante. Mas, muitas vezes, a ausência inesperada de algo é ainda mais interessante.” (CSI: Miami)

Hoje até pode ser mais fácil montar todo uma estrutura como dos laboratórios que aparecem em “CSI: Investigação Criminal“, até por computação gráfica… A título de uma comparação em locações e cenários… Vale lembrar de que para o início da gravação da Série “ER” – chamado de “Plantão Médico” quando da exibição por um canal de tv abertA no Brasil -, usaram de fato um hospital real que se encontrava desativado, e que só depois que foi criado um para as gravações. De qualquer forma, atualmente os custos de filmagens em “CSI: Investigação Criminal” mesmo com alguns salários altos devem ser bem menor do que em 2000 quando ela foi criada. Claro que respeitando a proporcionalidade dos custos entre 2000 com o de 2015.

As melhores intenções são abastecidas com desapontamentos.” (CSI) “Só porque você sabe uma coisa sobre uma pessoa não significa que saiba tudo sobre ela.” (CSI Miami) “Às vezes, o esquecimento é o melhor.” (CSI: NY)

CSI-NY_cartazAlém do que a trama não ficava apenas dentro do que acontecia nos Estados Unidos. Nem muito menos com apenas histórias fictícias. Pois alguns dos episódios “levavam” para lá histórias baseadas em fatos reais ocorridos em outros países. Como por exemplo, quando se “inspiraram” no ocorrido na Boate Kiss, no Brasil… Ou como a falta de água em São Paulo também foi parar num dos episódios quando investigavam a morte de um corretor do Mercado de Ações… Sendo que esse não sei ao certo em quais dos “CSI” passou: se no principal ou em um dos spin-offsCSI: Miami” ou “CSI: NY” (Ambas canceladas, respectivamente, em 2012 e 2013.). Ou apenas trazendo algo ocorrido em outro continente como a chuva ácida nas lavouras cacaueiras na África… Onde também não deixou de citar o trabalho infantil e escravo que há por lá, mesmo que en passant… O que corrobora de que sempre teriam o que contar em suas tramas: “CSI: Investigação Criminal” (2000–2015); “CSI: Miami” (2002–2012); “CSI: NY” (2004-2013).

Se o mundo não se adapta a você, você tem que se adaptar a ele, certo?” (CSI) “Bem aventurados são aqueles que não tem que enfrentar aquilo que são capazes de fazer.” (CSI) “Nós acordamos do sonho apenas uma vez.” (CSI)

De qualquer forma há as reprises para não nos deixar de todos órfãos e em pelo menos dois canais a cabo: o “TNT Series” e o “AXN“. Além do que há um novo, o “CSI: Cyber“, mas esse terá um texto único. No mais, fica uma torcida para que um dia voltem com episódios inéditos!

_O medo tende a vencer a lógica.
_Depende da lógica.
_Ou do medo.” (CSI: NY)

Por: Valéria Miguez (LELLA).

CSI: Investigação Criminal (2000–2015)
Ficha Técnica: na página no IMDb.

CSI: Miami (2002–2012)
Ficha Técnica: na página no IMDb.

CSI: NY (2004-2013)
Ficha Técnica: na página no IMDb.

Série: How to Get Away with Murder (2014 – ). Numa de Livrai-os da Culpa…

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Kerry Washington, Shonda Rhimes, Viola Davis

Kerry Washington, Shonda Rhimes, Viola Davis

How to Get Away with Murder” é uma criação de Peter Nowalk, mas que traz a chancela da produtora Shonda Rhimes. Sendo assim já começa bem e com chances de ter vida longa. Até porque Shonda traz como bagagem “Grey’s Anatomy” e “Scandal“. Não sei partiu dela a escolha por uma atriz negra para ser a protagonista. Pelo sim ou pelo não… A decisão merece aplausos! Pois tanto o Cinema como a Televisão ainda tem muitíssimo mais atores branco. O Oscar está ai para confirmar!

How to Get Away with Murder” trata-se de um Thriller Jurídico que acompanha a vida de Annalise DeWitt (Viola Davis) uma professora de direito que ministra o curso que da nome a Série. Brilhante, apaixonada por sua profissão e pelas leis, carismática, implacável e manipuladora, Annalise também tem um lado pessoal onde diria que também esconde alguns fatos… A vida de Annalise sofrerá uma reviravolta quando ela e seus alunos se envolverem em uma trama de assassinato. Nessa primeira temporada ela terá como estudantes: Michaela (Aja Naomi King), Gibbins (Alfred Enoch), Connor (Jack Falahee), Asher (Matt McGorry) entre outros.

Em seu Curso de Direito Criminal, Annalise já deixa claro no início que eles não irão aprender ali teorias das leis, mas sim como praticá-las em um tribunal e como um advogado influente. Além do que, anualmente escolherá quatro dos alunos para irem trabalhar no escritório dela. Para isso terão uma tarefa em especial e que irá ajudá-la nessa decisão: de encontrarem a defesa que libertará um cliente. Tendo no tal teste – “Como se livrar de um assassinato?“-, deverão seguir essas três regras básicas:
_ Desacreditar a testemunha.
_ Introduzir um novo suspeito.
_ Enterrar as evidências.

how-to-get-away-with-murder_cenaCom isso deixando margens para que sendo necessário levar a alguém a mentir em juízo. Ou não! Já que a interpretação à essas regras será pelo próprio aluno. Muito embora faça parte do jogo não procurar por inocentar o réu, mas sim em retirar a culpa de cima dele, até porque ele pode ter sim cometido o tal crime. Então caberá a esses jovens escolherem por completar o curso e partir para estágios em outros escritórios ou tentar por uma dessas quatro vagas e irem trabalhar diretamente com Annalise. Até onde eles irão para ser um dos eleitos ficaremos cientes no decorrer da Série.

Confesso que estou altamente motivada para ver essa Série! Até por gostar de tramas que envolvem os bastidores de Tribunais! Dai até me arriscando a comentar partindo apenas da chamada do Canal Sony Brasil para essa Série! Mas confiando no taco da Shonda Rhimes! Por ter gostado das atuações de Viola Davis até então! Expectativas mil! Se será sucesso no Brasil? É esperar para saber! Ah! A Série tem estreia marcada para 05 de Março!

Por: Valéria Miguez (LELLA).

Ficha Técnica na página no IMDb.
Confiram o trailer legendado e vejam se também ficaram interessados:

Drop Dead Diva. (Série). E o “Patinho Feio” Aprende o Quanto Pode ser Belo!

drod-dead-diva_cartazSem querer fazer aqui um patrulhamento em relação ao peso corporal das pessoas, mas quando mais de um terço da população dos Estados Unidos se encontram “acima do peso” o esperado seria ver muito mais personagens e artistas “gordinhos” protagonizando bons Filmes. Como também por conta não apenas do politicamente correto, mas também do quanto de bullying essas pessoas padecem no mundo real… eu fico meio sem saber como descrever… Enfim, gordinhos, acima do peso… É mais do que justo que mais e mais Filmes e Séries deem espaços a eles atores e personagens com histórias mostrando que mesmo com alguns percalços eles levam uma vida como todo mundo. Por isso e muito mais “Drop Dead Diva” merece ser vista!

Foi por acaso que eu comecei a acompanhar essa Série, numa de zapear pela grade de canais… E foi justamente por ver uma protagonista interpretada por uma atriz “gordinha” e o que seria melhor ainda sendo a personagem uma advogada. (Um tema que gosto muito: os bastidores de um Tribunal.). Além claro do sugestivo título! Algo como: o espírito de uma louca baixou em mim… A Série até traz o tema da reencarnação, mas ai como “uma segunda chance“. O que também seria o motivo da profissão escolhida para essa personagens. A Série já seguia em temporadas adiantadas, que por sorte o canal Lifetime em paralelo passou a reprisar desde a primeira temporada. Pois mesmo tendo um resumo dessa reencarnação antes de cada episódio – em quem se apoderou do corpo de quem -, além de também ser um tema interessante e meio surreal, dentro dessa realidade algumas perguntas me viam acompanhando já pelo meio “Drop Dead Diva“. Assim, fui montando aos pouco o quebra cabeça dessa nova Diva/Advogada.

drop-dead-diva_deb-e-janeA história de “Drop Dead Diva” une dois esteriótipos tão propagandeados pela indústria cinematográfica: a “gordinha” com a “loura burra”. E faz mesmo uso disso até para tentar quebrar outros mais. Um deles seria em relação a indústria da moda que ainda segue com o padrão de que ser magro que é belo. Numa de que se a pessoa fora desses padrões não pode se vestir com elegância, dentro da “moda”. Nessa história a personagem da “loura burra” tentava ser uma modelo famosa, mas já sentido o peso de um outro padrão: o da idade. Pois nessa indústria… Ter mais de vinte anos de as chances diminuíam. Agora, ela volta ao mundo dos vivos no corpo de uma “gordinha” que já está com quarenta anos de idade. São duas coisas a mais para lidar. De cara dá, ou melhor, se dá um banho de loja, dos pés a cabeça, se sentindo mais “atraente” aos olhos de todos. Até provocando certas invejas à princípio em quem se situava dentro dos padrões de beleza convencional. Toda essa “maquiagem” externa é passado com humor, sensibilidade e em certos momentos até com certa ironia para quebrar certas convenções. Um “Bravo!” a mais para essa Série! Até porque certos paradigmas merecem mesmo ser quebrados, pois se para muitos possam até parecer cômicos, no fundo são bem cruéis. O que também acena para que a Indústria da Moda repense o seu establishment.

drod-dead-diva_jane_antes-e-depoisAgora, embora eu possa ter dado um caráter mais pesado, a Drop Dead Diva mostra de um jeito leve a vida de uma advogada que por conta de um acidente do destino “trocou” de mente. Pois quem ganhou uma segunda chance de vida foi a modelo. Essa por sua vez, se não ganhou o corpo de antes, se deslumbrou com a inteligência que até então não tinha. Até porque com ela veio saber que se pode ter sucesso vindo além da aparência física. O que nos leva a pensar no passado de nerd da advogada, de anos dedicado ao estudo até por conta de sentir discriminada socialmente… Mas meio que como compensação…ela amou o carro conversível “herdado”. Até por conta disso, pelo seu jeito extrovertido de ser, faz com que o “patinho feio” além de ir aprendendo que já é um “belo cisne”, que use e abuse dos prazeres que o dinheiro possa comprar. Sem querer trazer um spoiler, mas já trazendo… Essa lição em será também aproveitada pelo então “patinho feio” num dos episódios… O que devo confessar que em igual situação, eu também teria feito a mesma escolha.

Em “Drop Dead Diva” a advogada Jane Bingum é interpretada pela atriz Brooke Elliot. Até então desconhecida para mim. Agora, fico na torcida para que paralelo a esse personagem deem a ela outros personagens em Filmes, mas sem ser muito caricatos como estão dando a atriz Melissa McCarthy. Que nem estou me referindo ao da Série “Mike & Moly” que aborda o romance e a vida em família entre dois personagens “de peso”: merecedor também de aplausos. Enfim, personagens não apenas caricatos: onde o peso maior seja o do próprio corpo. A menos que tal e qual as histórias como nessas duas Séries numa de derrubar preconceitos. Já a modelo que reencarnou no corpo de Jane, a Deb Dobkins (interpretada por Brooke D’Orsay), visualmente só aparece em alguns episódios até porque ela era namorada de um advogado, Grayson Kent (Jackson Hurst). O que estreita mais a relação entre ambas. Mais ainda por conta de acontecimentos na temporada atual (2014)…

O contraponto entre ambas, Jane e Debb, que é a tônica da história: a união de duas personalidades distintas até fisicamente num único corpo. Debb deu a Jane beleza, vaidade, leveza, elegância, sedução… Jane deu a Debb inteligência, talento, compromisso, seriedade… E ambas aprendendo que melhor mesmo é não perder tempo em vida!

drod-dead-diva_elencoDrop Dead Diva também traz tramas paralelas, não apenas os personagens das causas que advogam, mas sobretudo dos que por lá trabalham. Onde o destaque maior vai para a assistente de Jane, a “investigadora” Teri Lee, vivida pela atriz Margaret Cho. Teri tem seus momentos revenge pelos bullying de outrora de carona com a nova personalidade de Jane. Sendo que a ajuda com a “nova roupagem” veio mesmo com a antiga amiga de Debb, que por contingência do destino, se torna também grande amiga da nova Jane. Falo da Stacy Barret, vivida pela atriz April Bowlby. Stacy ainda vive o sonho de ser uma atriz famosa, mas mesmo sem perceber muito sabe que o tempo também está passando por ela. Com isso, um outro sonho toma ponto em sua vida: o de ser mãe. Onde na busca por um pai ideal para seu filho… Termina por abalar a nova/velha amizade com Jane. Tudo por conta do escolhido: Owen French (Lex Medlin). Pois ambos, Stacy e Owen, não contaram com o fato de se apaixonar um pelo o outro. E Owen seria como uma “Jane de calça comprida“: também gordinho, também se viu cobrado pela sociedade… Enfim, Owen sem querer mais desperdiçar o tempo na terra, resolve se entregar a espontaneidade e vitalidade de Stacy. Em meio a tantos romances… ainda há a presença dos anjos da guarda de Jane meio que a policiando para que Dedd encarne de vez Jane. O destaque vai para Fred (Ben Feldman), o mais atrapalhado. Além desses, vale também a menção de mais dois personagens: Kim (Kate Levering) e Parker (Josh Stamberg): ambos também advogados.

Enfim, Drop Dead Diva é de ver e rever! Com personagens atuando em uníssonos: há química entre eles. A Trilha Sonora também como um coadjuvante de peso! Em destaque os sonhos de Jane onde se vê como uma grande Diva da Música. Onde solta a bela voz aliado a nova postura ousada, que faz até pegar o microfone nos karaokês em idas a bares algo também inusitado para ela. Aplausos também para o criador da Série Josh Berman! Berman quis mesmo com essa Série tentar quebrar os paradigmas de beleza de manequim 38 e com menos de 28 anos de idade. Bravo! E na torcida para que Drop Dead Diva emplaque novas Temporadas, pois pelo o que eu li, a atual que já está terminando veio mesmo por pedidos de fãs! Com isso, segue aqui mais uma fã querendo mais continuações! A Série merece ter vida longa!
Nota 10!

Por: Valéria Miguez (LELLA).

Séries: Becker & Dr. House – Dois Médicos Bem Rabugentos!

series_becker_houseApesar de encerradas, as séries são reprisadas. Becker ficou no ar de 1998 a 2004. Dr. House ficou no ar de 2004 a 2012.

Em principio fanática pelo seriado Dr. House (Hugh Laurie), aos poucos parei de assisti-lo por vários motivos preferindo vê–lo quando o foco eram alguns dos personagens e não o abecedário de probabilidades de doença. Por acaso numa madrugada com a Dª Sonia (insônia para os íntimos) a fazer companhia, descobri o seriado BECKER no canal TBS com carismático ator Ted Danson que interpreta Dr. Becker. Para os fãs de Dr. House é uma heresia compara-lo a qualquer outra coisa. Eu particularmente senti que existem semelhança entre Dr. House e Becker apesar de cenários bem diferentes.

becker-e-margaret_house-e-cuddyOs Médicos, Cuddy e MargaretDr. House atende em um hospital em New Jersey e com a quase ajuda da diretora Cuddy (Lisa Edelstein) e sua equipe médica consegue diagnosticar e tratar os pacientes que o procuram. Becker é medico que apesar de formado em Harvard, tem clínica no bairro do Bronx em NY, dirigida com mão de ferro pela enfermeira Margaret (Hattie Winston).

A diferença entre a Cuddy e Margaret é que a primeira apesar de tentar ser enérgica com as atitudes de House como médico, muitas vezes precisa concordar com o que ele decide além do envolvimento entre ambos que varia entre carnal, emocional e platônico. Margaret tem um casamento de longo tempo sem grandes emoções. Ela é enérgica na administração da clínica, mas também ela é quase uma mãe para Becker quando o repreende pelas atitudes azedas, diárias, em relação ao dia a dia fora da clínica.

Em ambientes distintos House e Becker são extremamente competentes no diagnóstico da doença e tratamento. House manipula a equipe e o paciente atrás das respostas. Em Becker a solução dos problemas de saúde de seus pacientes deriva de seu eterno mau humor e nas confusões que se mete por isso.

Deus: Ambos são ateus, logo não adianta apelar para esse lado. Numa das frases de House quando o paciente louva a deus: “_Você acredita em deus, mas olha nos 2 lados da rua antes de atravessá-la.” Quando paciente diz que vai embora com deus, Becker responde: “_Não se preocupe com deus porque nem ele vem aqui no Bronx.”.

becker_houseModo de ser: Ambos são rabugentos, egoístas, questionam de modo a incomodar as pessoas e não gostam quando há uma inversão de situação na qual eles ficam encurralados.

Aparentemente House não é apegado a bens visto que parcialmente adotou a casa do Wilson (Robert Sean Leonard) como lar e não faz cerimônia em usar o que tiver na hora incomodando ou não Wilson que no fundo parece gostar como se fosse uma relação de irmãos sendo ele o mais velho e “ajuizado”. Becker vive com as mesmas coisas antiquadas de sempre. Quando seus amigos reclamam das roupas fora de moda ou de uma televisão movida a transistor que precisa ser trocada ele responde que não é um muquirana. Apenas eliminou as coisas supérfluas da vida. Só que quando a televisão “não pega” numa noite de insônia ou quando há jogos, ele não tem vergonha de ligar para qualquer um de seus amigos para assistir o que quer. Os amigos próximos reclamam do jeito de ser, mas gostam e se preocupam com eles.

Fisicamente: Ambos são pouco mais altos que a média das pessoas com os quais convivem. Uma analogia de que deus está acima e pode tudo? House e Becker não são deus e podem quase tudo como médicos.

os-viciosMau exemplo: House consome remédios aos montes e aleatoriamente por conta da perna e talvez pelos conflitos internos que tenta esconder. Becker fuma principalmente em ambiente fechados, na mesma proporção que reclama de tudo e todos a sua volta: e não se importa e nem aceita o quanto a fumaça do cigarro incomoda. O consumo de remédio sem prescrição médica assim como fumar são um perigo à saúde . Somente as pessoas próximas aos dois sabem que eles sabem desse vicio. Em Dr. House há uma tentativa de tratá-lo desse vício quando as coisas saem do controle. Foi um período quase sombrio desse seriado. Becker só se preocupa em tentar parar de fumar quando o preço do cigarro sofre reajuste, mesmo importa se for reajustado em centavos. Nesse aspecto a situação torna se cômica.

O começo dos episódios de cada seriado é distinto: em House com a entrada de paciente e Becker reclamando de qualquer coisa que o aborreceu no caminho entre a casa e a clínica. Por exemplo: Becker reclamando montes de uma ambulância estacionada em fila dupla perto de onde ele trabalha. Margaret então diz que a ambulância está ali para socorrer uma pessoa, mas que não deu tempo porque a pessoa faleceu. Becker responde: “_Oras, não é porque ele teve um péssimo dia que precisa estragar o meu.”.

Apesar dos absurdos que Becker costuma dizer, de alguma forma consegue ser mais real e próximo às pessoas a sua volta e em seus problemas diários do que House. Além dos casos serem mais engraçados. Os seriados têm um enredo chave em comum, mas que formaram públicos distintos. Como ambas séries já tiveram seus episódios finais, resta saber qual será a próxima novidade.

Por Criz de Barros.

Série de Tv: Elementary

elementary_serie-de-tvarthur-conan-doyle_escritorSir Arthur Conan Doyle fez uma bela contribuição a humanidade com seu personagem Sherlock Holmes. Primeiro por ser ele atemporal, já que transita muito bem por uma Londres vitoriana ou por uma Nova York moderna. Local esse escolhido como cenário para a Série de Tv “Elementary”, uma criação de Robert Doherty inspirada no detetive criado por Conan Doyle. E transmitida aqui no Brasil pelo Universal Channel.

Eu não advinho. Eu observo. E depois deduzo.”

Agora a grande contribuição que transcede o tempo estaria no fato de nos levar a usarmos mais a razão do que a emoção. Para os políticos isso seria péssimo já que controlam a massa justamente porque a grande maioria se deixa levar pelos sentimentos do momento. Muitas das vezes não enxergando nem o óbvio. O que me leva a dizer: leiam mais historias com Sherlock Holmes, como tambem assitam a Série “Elementary“.

elementary_serie-de-tv_01Em “Elementary” temos um Sherlock Holmes com uma mente hiper ativa: focando-se em várias coisas ao mesmo tempo. Não sei se foi por aí que resolveu buscar por uma certa pausa mental pelas drogas ilícitas. Talvez esse recente passado iremos conhecer em outros episódios. O certo é que ele saiu recentemente de uma Clinica de Reabilitação para drogados; aliás, ele fugiu horas antes de receber alta.

A escolha do ator foi mais que perfeita: Jonny Lee Miller. Do chocante filme “Trainspotting – Sem Limites”. Sua caracterização para esse novo Sherlock Holmes prende a nossa atenção. Para os da Área Psico esse é um personagem que dará bons estudos. Para nós leigos será em observar essa relação do homem com um problema comportamental que se torna irrelevante perto do dom nato que possue. Pois Holmes é como um CSI ambulante: com toda uma equipe numa única mente.

Já no primeiro espisódio conhecemos uma outra particularidade dele. Gostar das várias televisões que possui ligadas em canais diferentes e com programações variadas. Como a observar toda a cultura novaiorquina mais rapidamente. Vindo de Londres ele tem pressa em conhecer não apenas os crimes locais, mas também os costumes e gostos das pessoas. Além de uma fome exagerada por cultura, todas e quaisquer informações que assimilar tornam-se fontes que o ajudará nas investigações.

elementary_serie-de-tv_02Tendo pai rico que o sustenta tem nesse trabalho um tipo de exercício mental para tentar em deixá-lo focado em uma coisa por vez. Uma maneira de descarregar a adrenalina que lhe vem da mente e à mente. Já que ela não para nunca, e que está sempre focada nos menores detalhes. Assim, trabalha sem uma renumeração.

Em Nova Iorque Holmes então torna-se um Consultor direto do Capitão Toby Gregson, personagem de Aidan Quinn. Um bem complacente Chefe de Polícia. Admirador de Holmes desde quando ele era então um consultor da Scotland Yard. E que vê nele uma importante ajuda na elucidação dos crimes. Gregson não impõe um ego acima da solução da investigação realizada por Holmes. Pode ate ser que essa calma aparente tenha sido conquistada ao longo da carreira. Talvez um personagem mais novo ficaria batendo de frente com Holmes. Até porque esse se mostra um tanto quanto arrogante por saber que é muito bom no que faz. Que o personagem de Aidan Quinn não se aposente tão cedo. Até porque deu química entre essa dupla.

Isso também se torna uma aula de Conan Doyle para nós. Essa linha tênue entre o dom da pessoa que o leva ser perfeito no que faz, mas sem que se esqueça que ele não é onipotente. Já que o levaria ao ego inflamado. Sem ao menos creditar que um outro ponto de vista no mínimo o levaria a rever o fato em si. E então ver se deixara escapar algo.

elementary_serie-de-tv_03Além do Chefe de Polícia, Holmes também estará sempre em contato com tiras subordinados a esse. Podendo ser por ai uma certa disputa de egos com Holmes. Sendo que só ficaria na cabeça deles, pois o contratempo mesmo de Sherlock Holmes é um outro grande personagem dessa história de Conan Doyle. Que embora uma frase sobressaia a esse personagem, ele vira quase como um paradoxo ao legado de Holmes. A frase em si nasceu numa versão teatral a “Elementar, Meu Caro Watson!“. Então o personagem Watson seria ou levaria Holmes a ficar focado sempre pelo lado direito do cérebro. É que tendo Holmes uma mente muito ativa ele precisa de um freio. Relaxar um pouco. Não dando à intuição, asas demais. Daí o “quase parodoxal”, já que é o próprio Holmes quem nos leva a focar primeiros detalhes antes de já sair julgando. Ou melhor, antes de sair pré-julgando fatos e/ou pessoas. Ponto importante para os da Área Jornalística analisar.

Agora, se a famosa frase inspirou o título da Série, como Watson entraria nessa nova versão?

_Notei que aqui não há espelhos, diz Watson.
_E o que isso significa? Pergunta Holmes.
_Acho que você reconhece uma causa perdida quando você vê uma. Responde Watson.”

elementary_serie-de-tv_04Confesso que uma das minhas motivações em acompanhar essa Série seria porque Watson viria como uma personagem feminina. Achei brilhante a ideia! Ficava a dúvida se Lucy Liu o faria a altura de tão ilustre e também carismático personagem de Conan Doyle. Até porque para mim até então a simples menção de seu nome o que me vinha logo à mente era o filme “As Panteras”, onde atuou. Lucy Liu até que sai bem como Watson. Pela química com o ator Jonny Lee Miller, como também por seu personagem trazer um drama pessoal a trama. Que é a ponte que a leva até Holmes. Ela é a Dr. Joan Watson, monitora nessa sua reintegração à vida social. Fiscalizando se ele conseguirá viver longe das drogas, condição imposta pelo próprio pai para continuar sustentando-o.

Vindo esse personagem como uma monitora, e portanto uma ocupação com um tempo determinado na vida de Holmes, a dúvida em como manteriam Watson até o final, foi apagada ao longo dessa mesma 1ª temporada: porque ela passou a gostar da parceria com ele; ajudando-o nas investigações. Primeiro com seus conhecimento no campo da medicina. Depois por ir aprendendo a se ligar no micro dentro de um macro.

O último episódio exibido em 2012 trouxe uma outra surpresa. Ou teria sido uma nova dúvida? A de que papel ela terá na vida de Holmes nas próximas temporadas? Para quem também acompanha a Série está ciente do que houve. Para quem não viu, seria um tremendo spoiler. Até porque é algo que trará algo divertido a história. Mais atividade para um gênio que já é muito ativo. Ainda a esses que não viram a Série aproveitem as reprises dos episódios dessa primeira temporada antes das próximas. Que eu já aguardo motivada! Até para saber o destino da “Watson”. Pois ainda não está tão “elementar” assim.

É um grande erro teorizar antes das provas, já que predispõe à capacidade de julgar.” (Arthur Conan Doyle)

Vida longa a “Elementary”! O mundo urge de se olhar mais para o que é obvio, mas por uma lógica dedutiva e não de forma passional. Uma Série para ver e rever! Nota 10!

Por: Valéria Miguez (LELLA).

Curiosidades:
– “Elementary” em 2012, aqui no Brasil, teve a exibição de parte da 1ª Temporada: foram 8 episódios. Os últimos episódios ainda dessa temporada estão sendo exibidos esse ano. E pela página da Série no IMDb já há vários episódios emplacando assim uma segunda temporada. Para grande alegria dos fãs da Série, onde me incluo.