Jovens, Loucos e Rebeldes (Dazed and Confused. 1993)

jovens-loucos-e-rebeldes_1983

Milla Jovovich

Milla Jovovich

Por Francisco Bandeira.
Apesar de ser um filme da década de 90, Richard Linklater mostra com perfeição o universo adolescente da década de 70, servindo como uma bela homenagem ao clássico de George Lucas, American Graffiti.

Linklater mostra os jovens colegiais em aventuras, sejam elas na sala de aula, em casa, ou no mundo com os amigos. Lá estão eles rindo, bebendo, paquerando, se divertindo como se não houvesse amanhã. Os jovens retratados pelo diretor são bastante intensos, mas nunca vazios ou estereotipados e acerta em cheio na atmosfera da geração retratada em sua obra.

Rory Cochrane e Matthew McConaughey

Rory Cochrane e Matthew McConaughey

Se fosse resumir o filme, eu diria que Dazed and Confused é puro Sexo, Droga e Rock’n Roll, mas com verdade e uma ternura que deixaria Hughes orgulhoso. Contando ainda com uma bela trilha sonora e um jovem Matthew McConaughey impagável, o filme merece o status de clássico que possui.

Jovens, Loucos e Rebeldes (Dazed and Confused. 1993). Ficha Técnica: página no IMDb.

Quase Famosos (Almost Famous, 2000).

quase-famosos_2000Por Francisco Bandeira.
Cameron Crowe entregou em “Quase Famosos” um dos retratos mais honestos e cativantes sobre as descobertas dos adolescentes sobre drogas, sexo e rock’n roll. Todo aquele deslumbramento acerca de seus ídolos, uma atmosfera de curtição quase inquebrável – mesmo com tantos conflitos – e, especialmente, a liberdade de um jovem, transformando aquela aventura juvenil em um belo road movie.

O primeiro contato com a música, fama, famosos, artistas, empresários, mulheres e o amor. O que torna tudo tão perfeito? As músicas que pontuam cada passagem especial do filme (a cena do ônibus ao som de Tiny Dancer, do Elton John, é espetacular). Penny Lane (Kate Hudson, perfeita) é aquele tipo de mulheres que procuramos a vida inteira, que não saem das cabeças, que ecoam em nossos pensamentos e sonhos, porém tão frágil e desolada, que a torna alcançável ou ainda mais apaixonante.

quase-famosos_2000_01Crowe inseriu suas experiências pessoais no filme, mostrando que nos deparamos com diversos tipos pela vida: a mãe protetora (Frances McDormand, divina), a irmã libertadora (Zooey Deschanel, ótima), a jovem e bela inocente que quer ser descolada (Anna Paquin, encantadora), ou o jovem preocupado que descobre que a vida pode ir de sonho a pesadelo em questão de segundos (Patrick Fugit, espetacular) ou aquele típico sacana que nos proporciona as melhores experiências de nossas vidas e, por mais imbecil que seja não conseguimos odiá-lo… Nem sequer por um minuto (Billy Crudup, impecável). São tantos sentimentos em cena, que fica difícil não se sentir atraído por personagens tão mágicos, em um universo de sonhos que é a vida, e desejamos vive-la cada vez mais.

Ser famoso é ótimo, ser anônimo tem suas vantagens, porém fazer parte do grupo dos QUASE FAMOSOS não é nada menos que perfeito.

Quase Famosos (Almost Famous. 2000). Ficha Técnica: página no IMDb.